Topo

Perrone

Opinião: empate em casa não abala favoritismo corintiano

Perrone

16/07/2017 08h13

O Corinthians conquistou status de favorito ao título do Brasileiro depois do início da competição, pela campanha que faz. O empate com o Atlético-PR, em casa, por 2 a 2, é um tropeço, mas não abala esse favoritismo.

Não abala porque o time de Fábio Carille construiu uma vantagem na tabela que lhe dá segurança nos momentos complicados. E também um jogo só, com três desfalques, é pouco para colocar em dúvida a consistência mostrada pela equipe até aqui.

Porém, na partida deste sábado à noite o alvinegro mostrou algumas fraquezas. Teve uma ligeira queda de rendimento sem Rodriguinho, Arana e Pablo. A ausência do meia afetou mais a parte coletiva, especialmente a criação. Já ausência do lateral-esquerdo deixou o time sem um de seus jogadores que podem desequilibrar individualmente.

Outro problema foi uma dose de soberba, com firulas e pouca objetividade para matar o jogo quando os corintianos venciam por 2 a 1. Faltou a humildade que Cássio costuma pregar. Ficou a impressão de que os donos da casa acharam que a partida já estava ganha e relaxaram. É um defeito que já tinha acontecido (contra o Inter pela Copa do Brasil, por exemplo) e parecia sepultado.

Mas o desempenho alvinegro também teve aspectos positivos. O time não se descontrolou ao estar em desvantagem no marcador pela primeira vez no campeonato e chegou a virar o placar.

Apesar da pequena queda de rendimento, Carille mostrou ter soluções táticas para minimizar eventuais quedas de qualidade individual causadas desfalques.

E a sintonia com a torcida, ajudada pela vitória recente sobre o Palmeiras, por 2 a 0, não foi quebrada, apesar do escorregão em Itaquera.

No final, prevaleceu a sensação de que o Corinthians ainda tem a situação sob controle. Não foi dado motivo para se desconfiar do potencial do clube para ser campeão brasileiro.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.