STF quebra sigilo bancário de empresas que atuaram em campanha de Andrés
O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a quebra de sigilos bancário e fiscal de duas empresas que prestaram serviços na campanha de Andrés Sanchez a deputado federal. As contas de quatro pessoas ligadas a elas também foram atingidas.
A decisão, tomada no último dia 26, faz parte do inquérito em que o ex-presidente do Corinthians é investigado por supostamente ter omitido bens ao registrar sua candidatura e por supostas irregularidades na prestação de contas. Também é apurada eventual sonegação de impostos. No entanto, não houve quebra de sigilo das contas dele. Para a defesa do cartola, isso sinaliza que o deputado deixou de ser o alvo do inquérito, com a investigação se voltando para as empresas. O ministro Luiz Fux é o relator do caso.
As atingidas são a 2k Comunicação e a Dialógica Comunicação e Marketing. Ambas prestaram serviços para outros políticos do PT, incluindo Dilma Rousseff, além de Andrés. As duas empresas foram dissolvidas em 2015.
Do ex-presidente corintiano, a Dialógica recebeu R$ 200 mil pelos trabalhos. Por sua vez a 2K ficou com R$ 2.750 por publicidade em matériais impressos.
Com as quebras, solicitadas para Receita Federal e Banco Central, o STF tentará verificar se os trabalhos foram feitos e se o valor pago foi compatível com preços de mercado.
Porém, para os defensores de Andrés, as autoridades podem estar em busca de provas para outros casos não relacionados ao cartola.
"Andrés prestou todos os esclarecimentos pedidos nesse inquérito. Comprovamos que não houve irregularidade na sua declaração de bens. Por isso, ele deixou de ser o alvo, tanto que não houve pedido de quebra de sigilo em relação a ele. O inquérito remanesce para ver se essas empresas prestaram serviço. Posso assegurar que o serviço foi prestado e o Andrés pagou por ele. A prestação de contas dele foi aprovada pela Justiça Eleitoral", declarou ao blog João dos Santos Gomes Filho, advogado que defende o petista no caso.
Ele afirmou que vai apesentar ao STF todas as notas fiscais e recibos referentes aos trabalhos das duas empresas.
Por meio de rede social, o blog tentou sem sucesso contato com Keffin Galvão Cesar Gracher, que estava entre os proprietários das duas empresas e teve seus sigilos bancário e fiscal pessoais quebrados. Ele é ex-assessor do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Edinho Slva (PT), que foi tesoureiro de campanha de Dilma à presidência. Assim, a abertura de dados das duas empresas que trabalharam para Andrés podem levar o STF a ter informações relacionadas às campanhas da ex-presidente e de outros políticos do PT.
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