Topo

Perrone

Conselho vê mau negócio em aluguel do Morumbi para U2 e sugere nova regra

Perrone

18/08/2017 09h04

Para o Conselho de Administração do São Paulo, o clube fez um mau negócio ao assinar contrato de aluguel para quatro shows do U2 em outubro por pouco mais da metade do valor habitual em troca de uma participação na venda de bebidas. Por conta dessa avaliação, recomendou que a diretoria estabeleça um preço fixo para o aluguel do estádio e não aceite participação na comercialização de produtos como variável.

Normalmente, o São Paulo cobra R$ 1,2 milhão por dia pelo aluguel de sua casa para eventos. Mas, no caso das apresentações da banda irlandesa, o preço da diária foi de R$ 650 mil mais uma porcentagem na venda de bebidas.

Os membros do conselho de administração torceram o nariz para o modelo de aluguel porque acreditam ser difícil controlar o valor arrecadado com a comercialização de produtos por terceiros no estádio. Entendem que o clube não deve se propor a isso, pois terá grande chance de fracassar no controle.

Até a publicação deste post, a assessoria de imprensa do clube não havia respondido se a diretoria vai acatar a recomendação do Conselho de Administração.

O estranhamento dos integrantes do órgão ajudou a direção a chegar no que acredita ser um esquema fraudulento montado por seu ex-gerente de marketing, Alan Cimerman. Demitido por justa causa, ele nega as acusações.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.