Escândalo no SPFC: fiscalização eficiente ou contratação imprudente?
A descoberta de um suposto esquema de venda irregular de ingressos e camarotes para shows no Morumbi é vista pela direção do São Paulo como prova de eficiência da diretoria executiva montada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. A revelação é atribuída principalmente a Márcio Aith, diretor executivo de comunicação e marketing, que investigou o caso.
O fato é importante para a direção tricolor porque a montagem do corpo executivo sofre vários questionamentos por parte de membros do Conselho de Administração (que aprovou as indicações, segundo a diretoria) e do Conselho Deliberativo. A queixa é de que Leco indicou conselheiros com influência política no clube (não é o caso de Aith) e pessoas com bom relacionamento na direção para o cargo no lugar de contratar uma empresa especializada em identificar profissionais de alto nível para cada área.
A atual gestão tem orgulho de ter apontado a suposta fraude e demitido por justa causa o gerente de marketing Alan Cimerman, que nega as acusações.
Mas há um efeito colateral na demissão do funcionário. Integrantes do Conselho de Administração e membros da oposição tricolor afirmam que o desfecho do caso comprova o desleixo de cartolas da atual administração que confiaram em Cimerman.
O ex-gerente foi contratado no final de 2015, quando Leco já havia substituído Carlos Miguel Aidar, que renunciou após denúncias de irregularidades. Cimerman tinha a confiança de Vinícius Pinotti, então diretor de marketing e hoje diretor executivo de futebol.
A presença do ex-gerente no quadro de funcionários era fortemente questionada por conselheiros pelo fato de a Spirit, empresa dele, ser acusada por diversos fornecedores do COL (Comitê Organizador Local da Copa de 2014) de calote. O argumento é que o clube não poderia ter contratado alguém com esse histórico e de que a escolha foi imprudente.
Por sua vez, Cimerman alegou em entrevista à "Folha de S.Paulo" em 2016 que o estouro no orçamento a Copa aconteceu por causa de mudanças de última hora que encareceram as cerimônias de abertura e encerramento, responsabilizando o COL pelas dívidas. Afirmou também que o comitê devia a ele R$ 1,8 milhão.
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