Corinthians passa faca e custo de manutenção da arena cai em cerca de 40%
Com Dassler Marques, do UOL, em São Paulo
Uma série de cortes de pessoal e no volume de serviços na Arena Corinthians fez o custo com a manutenção do local cair em pelo menos cerca de 40%. Reduzir essas despesas era um antigo desejo da direção alvinegra em busca de melhorar o desempenho financeiro de seu estádio.
De acordo com relatório elaborado por grupo de conselheiros encarregado de analisar a situação da casa corintiana, só o valor pago mensalmente para a Tejofran pela manutenção predial caiu de R$ 469.603,45 para R$ 271.102,81. Ou seja, a redução nesse item foi de 42,19%.
Procurada pelo blog, a Tejofran confirmou os cortes e declarou que eles foram feitos apara adequar os gastos à atual situação financeira do Corinthians. Abaixo, leia a nota enviada pela assessoria de comunicação da empresa.
"O contrato com a Arena Corinthians sofreu neste ano uma redução de escopo (número de funcionários empregados e volume de serviços prestados) e, consequentemente, de valor, em razão de um pedido formulado pelo próprio cliente. Ou seja, a renegociação e a consequente redução do valor contratual foram feitas não para conceder um desconto por item, mas para adequar à nova realidade financeira do clube, que em 2017, como vem sendo divulgado, não está tendo as mesmas condições de anos anteriores. Até o ponto em que temos conhecimento, grande parte dos contratos do clube vem sendo ou já foi revista em razão dos motivos elencados acima. A Tejofran mantém seu compromisso de transparência e se coloca à disposição para todos os esclarecimentos que forem considerados necessários".
Além da manutenção predial, a empresa também presta serviços de limpeza, coleta de lixo, bombeiro civil e segurança. Todos sofreram cortes.
A assessoria de imprensa do Corinthians responsável pela arena não respondeu às perguntas sobre o tema até a publicação desta reportagem. Uma delas é se os cortes não afetam a qualidade da manutenção do estádio.
De todos os serviços prestados pela Tejofran, apenas a manutenção predial é paga diretamente pelo fundo responsável pela Arena. Os demais custos devem ser bancados pelo Corinthians, que tem direito a usar uma verba repassada pelo fundo, constituído por clube e Odebrecht. O fundo é alimentado pelas receitas dos jogos. O que sobra do pagamento despesas deve ser reservado para a quitação dos R$ 400 milhões financiados pelo BNDES por meio da Caixa Econômica Federal.
Como mostrou o blog em março, o custo de manutenção da arena era aproximadamente o dobro do previsto incialmente pelo alvinegro. No plano original de negócios, a estimativa era de uma despesa anual de R$ 15.400.000. Porém, em 2016, o gasto fixo com manutenção foi por volta de R$ 35 milhões.
O levantamento feito pela comissão de conselheiros mostra que inicialmente, o valor anual dos contratos com a Tejofran, assinados em abril de 2014 era de R$ 14.669.567,96.
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