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SPFC jogou como se disputasse o título. Santos parecia lutar contra queda

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28/10/2017 18h56

O São Paulo sobrou no Pacaembu na vitória por 2 a 1 sobre o Santos. Em muitos minutos, principalmente quando abriu dois gols de vantagem, parecia ser a equipe tricolor que estava brigando para se aproximar da liderança do Brasileirão. Ao mesmo tempo, nessa fase do jogo, o desempenho santista se assemelhava ao de quem sofre para se afastar da zona de rebaixamento.

O time de Dorival Júnior alternou trocas rápidas de passes com o controle do jogo e quase sempre foi ofensivo. Tanto é que não recuou após abrir o placar. Por isso chegou facilmente aos 2 a 0. Os erros bobos de passes e de posicionamento que assombraram os tricolores na maior parte da competição estavam do outro lado. A impressão era de que o nervosismo de uma possível queda pesava na camisa do clube do litoral. Desorganizado no primeiro tempo e com pouca agressividade, os santistas não jogavam como quem brigava para encostar no líder Corinthians.

Na maior parte do jogo, o domínio foi são-paulino.

Lucas Lima, mais uma vez, não foi o maestro que seu time precisava. Disperso, errou passes e teve um ou outro bom mometo. Não conseguiu fazer o que Hernanes mais uma vez fez do outro lado, liderando a equipe do Morumbi.

A primeira reflexão que o clássico de belos gols permite é a de que Levir Culpi deveria pensar muito na possibilidade de colocar Lucas Lima na reserva. A segunda é que o São Paulo não será rebaixado se continuar jogando o que jogou neste sábado, contrariando o que este blogueiro pensava quando o time estava no fundo do poço e não dava sinais de reação.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.