Pesquisa paga por opositores minimiza 'fator Ronaldo' em pleito corintiano
Nesta semana, Andrés Sanchez abriu as portas para Ronaldo participar de sua gestão, caso o deputado federal seja candidato à presidência do Corinthians e ganhe a eleição em fevereiro de 2018. Muito antes disso, a chapa de oposição Resgata Corinthians, só com postulantes ao Conselho Deliberativo, se preocupou em avaliar o potencial do "Fenômeno" como cabo-eleitoral da situação. O grupo incluiu em uma ampla pesquisa perguntas que pudessem medir a força do ex-jogador para atrair votos. Diante das respostas dos associados, os pesquisadores concluíram que o ex-atacante tem pouca capacidade de influenciar o eleitor. Em outras palavras, a avaliação é de que os opositores não devem ter como uma de suas prioridades tentar anular o "efeito Ronaldo'.
A pesquisa foi feita pela Cruz Consulting/Ibrap (Instituto Brasileiro de Pesquisas) entre agosto e setembro com 600 sócios votantes. No último pleito, aproximadamente 12 mil pessoas tinham direito a voto, mas apenas cerca de 3.240 votaram.
O cruzamento das respostas obtidas em principalmente duas perguntas fizeram analistas concluírem que a maioria dos eleitores não tratará como importante a participação de Ronaldo em uma futura gestão para escolher seu candidato. As questões foram sobre qual o maior ídolo do eleitor entre seis ex-jogadores indicados e qual sua prioridade para o clube.
Ronaldo foi citado por 10,34% dos entrevistados. Pela ordem, ficou atrás de Sócrates, Rivellino e Marcelinho. Superou Neto e Basílio.
Na segunda pergunta, a opção "sucesso no futebol" ficou apenas em terceiro lugar, atrás de estrutura do clube social e capacidade da nova diretoria para pagar a dívida corintiana.
A combinação principalmente desses dois resultados gerou a análise de que se a maior parte dos sócios tem outras prioridades antes do futebol e ao mesmo tempo Ronaldo não está entre os três maiores ídolos, um eventual anúncio do ex-jogador ocupando um cargo ligado ao time teria pouco peso. O "Fenômeno" é cotado para ser gerente de futebol, se o deputado federal voltar à presidência.
Parte da oposição dizia antes de Andrés falar em Ronaldo que o ex-presidente citaria o ex-atleta para tentar fisgar votos.
A pesquisa que abordou a influência do ex-craque da seleção foi encomendada para que a chapa Resgata Corinthians pudesse traçar suas metas de campanha. O objetivo é entender o que o associado leva em conta para escolher em quem votar. O grupo não vai lançar candidato à presidência e cada integrante deve votar no opositor que preferir.
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