Fase eleitoral no Corinthians tem nova suspeita que aproxima clube do Vasco
O processo eleitoral no Corinthians ganhou nova denúncia neste fim de semana. A acusação é de que candidatos à presidência e ao Conselho Deliberativo pagam para sócios regularizarem suas situações e poderem votar em 3 de fevereiro. Os denunciantes trabalham com a informação de que os beneficiários nem vão ao clube efetuar o pagamento. Segundo eles, listas com grande quantidade de associados são enviadas para a secretaria do clube para o registro dos eleitores. Para os acusadores, isso gera a dúvida sobre se o dinheiro realmente entra nos cofres corintianos.
"Milhares de sócios regularizaram suas situações sem pisar no clube. A eleição está maculada. Na segunda, vou apresentar um requerimento na Comissão Eleitoral para saber quem pagou para quem. E se o dinheiro realmente entrou no clube", disse Romeu Tuma Júnior, um dos opositores candidatos à presidência.
O caso, em tese, aproxima o time paulista do imbróglio vivido pelo Vasco em seu último pleito. Por causa da denúncia de que sócios que nunca pagaram suas mensalidades estavam aptos a votar, a Justiça determinou que os votos deles fossem depositados em uma só urna para que não contaminassem o resultado definitivamente enquanto dura o processo. Eurico Miranda só bate o opositor Júlio Brant com os votos suspeitos. A disputa segue nos tribunais.
"No Vasco houve uma suspeita. No Corinthians foi feito a céu aberto. Todos viram que saíam rolos de recibos (referentes as quitações dos sócios inadimplentes) sem que essas pessoas estivessem na secretaria. Vamos agir para que o Corinthians não se torne um Vasco", declarou Tuma Júnior. Ele não disse quem seriam os autores dos pagamentos.
"Sim, apresentaram listas com nomes (de sócios regularizados) e alguém pagou pra todo mundo", disse ao blog Felipe Ezabella, confirmando a denúncia. Ex-integrante do grupo situacionista Renovação e Transparência, ele também é candidato à presidência.
A confusão começou na última sexta, quando a diretoria anunciou desconto de 50% para sócios que reativarem seus títulos até o próximo dia 10. Pelas regras eleitorais, que estiver regularizado até o dia 3 pode votar. Só que o estatuto alvinegro proíbe todo tipo de anistia financeira aos sócios a partir de 12 meses antes da eleição.
Tuma Júnior e Ezabella estão entre os que entendem que o desconto configura anistia parcial. Para a direção, como defende o 1º vice-presidente André Luiz Oliveira, o desconto não pode ser considerado anistia. Ela só se concretizaria com o perdão total da dívida. Assim, não haveria irregularidade.
Sobre candidatos pagarem para sócios (eleitores) regularizarem suas situações, o estatuto é omisso.
Ao blog, Tuma Júnior afirmou que protocolou pedido na comissão eleitoral para que sejam excluídos da lista de votantes os que desfrutaram do desconto.
Na última sexta, o blog enviou perguntas para a assessoria de imprensa do Corinthians sobre a promoção polêmica. Porém, não obteve resposta.
Completam a lista de candidatos à presidência o situacionista Andrés Sanchez e o opositor Antônio Roque Citadini.
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