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Palmeiras vê Ricardo Goulart como sonho distante

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15/12/2017 04h00

Contratar Ricardo Goulart para a próxima temporada é visto hoje como um sonho distante pela diretoria do Palmeiras. O jogador pensa em voltar ao Brasil, se não conseguir ir para a Europa, mas uma série de fatores fazem a direção alviverde ter poucas esperanças.

O atacante tem contrato com o Guangzhou Evergrande até 2020, é ídolo em seu clube e os chineses não precisam se desfazer de seus principais nomes para colocar dinheiro em caixa. Assim, uma compra não seria barata. Ele custou cerca de R$ 50 milhões ao seu atual time.

Nesse cenário, a avaliação da diretoria palmeirense é de que a negociação em definitivo custaria um valor que o clube não pode gastar. A alternativa seria convencer os chineses a emprestar o atacante. Mas por que eles topariam ceder um de seus principais jogadores sem uma bela compensação financeira? Os palmeirenses não acreditam que Goulart consiga dobrar os dirigentes de sua equipe a fim de ter a saída facilitada.

Porém, ainda que o brasileiro fosse emprestado, haveria outro problema para solucionar. O salário do atacante na China é muito acima do que o Palmeiras paga. Ou seja, de novo, seria preciso contar com a boa vontade do Guangzhou para quitar uma parte substancial dos vencimentos dele em caso de empréstimo. A diretoria palmeirense não crê nisso. E se ocorresse uma transferência definitiva, também seria necessário negociar uma importante redução nos salários de Goulart. E pra tudo dar certo, seria necessário vencer a concorrência de outros times brasileiros. Essa é, em tese, a parte menos complicada.

Por tudo isso, o Palmeiras só acredita na contratação se houver uma improvável reviravolta na situação do goleador.

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.