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Rosenberg admite voltar ao marketing corintiano se Andrés o chamar

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08/12/2017 04h00

Afastado desde dezembro de 2014 do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, ex-líder do marketing alvinegro, admite voltar ao clube se Andrés Sanchez vencer a eleição de fevereiro. Ele havia se retirado da vida política corintiana, deixando o quadro de sócios do clube, por divergências com o grupo do ex-presidente, que segue no poder.

Apesar de dizer que não voltou a frequentar o Parque São Jorge, Rosenberg tem colaborado com a campanha do deputado federal pelo PT para reassumir a presidência. Em entrevista ao blog, Rosenberg também falou de seu desejo de unir Sanchez a Antonio Roque Citadini, um dos candidatos de oposição ao cargo máximo.

Para poder assumir cargo não remunerado na diretoria alvinegra, ele terá que regularizar sua situação como associado.

Abaixo, leia a entrevista com o ex-dirigente.

Blog -Você voltou a participar da vida política do Corinthians e está sendo ativo na campanha do Andrés?

Luis Paulo Rosenberg – Você sabe o que penso do Andrés. A gente nunca viu o Corinthians em termos de grandeza como viu com ele. Acho que o Corinthians precisa de uma ativação na grandeza que perdeu nos últimos anos. Seria importante ele voltar por isso. Se bem que estou mais sossegado porque se não for ele deve ser o [Antonio] Roque [Citadini], outra pessoa que pode ajudar muito o clube. Agora estou na minha, não voltei a frequentar o Corinthians. Quando o Andrés precisa de alguma coisa, ele me pede e eu colaboro.

Blog –  Então, o programa de governo dele tem sugestões suas. Pode detalhar quais são?

Rosenberg – É possível que tenha, mas ele ainda não lançou o programa. Vamos esperar lançar. Eu espero que assim como ele foi criativo ao escolher os vices (anunciou duas candidatas), ele seja ao formar a nova diretoria. Espero que ele escolha um bom diretor financeiro, um bom jurídico e alguém novo, de uns 40 anos, para o marketing. Eu ajudaria.

Blog – Aceitaria se o Andrés te convidasse para voltar ao marketing do clube?

Rosenberg – Se eu voltar, vou começar a fumar de novo, vou deixar de praticar esportes todo dia, minha mulher vai brigar comigo. Então, eu prefiro que ele não me chame. Mas, se me chamasse, eu aceitaria, sim.

Blog – Verdade que você tem trabalhado para pacificar o clube e para Andrés dar uma diretoria ao Citadini se ele voltar à presidência?

Ronsenberg – Trabalhei o ano inteiro para aproximar os dois. Até consegui fazer os dois jantarem juntos. Deu algum resultado porque o clima entre eles na campanha está bem respeitoso. Acho o Roque um senhor quadro, assim como acho o Felipinho [Felipe Ezabella, também candidato à presidência). Mas falar agora num cargo na diretoria do Andrés seria sacanagem com o Roque por causa da rejeição que isso pode provocar. O que espero é que o Andrés assuma o clube pacificado.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.