'Ganho facilmente na Justiça', diz Garcia sobre candidatura no Corinthians
Guilherme Strenger, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, deve anunciar nesta segunda (29) se acolhe pedido de impugnação da candidatura de Paulo Garcia feito pela comissão eleitoral do clube. O candidato, porém, já se preparou para buscar na Justiça o direito de concorrer à presidência no próximo dia 3.
"Tenho certeza que ganho facilmente na Justiça. Consultei especialistas em legislação eleitoral e eles afirmam que a impugnação seria absurda", declarou o candidato.
A recomendação do veto à candidatura dele ocorreu por causa do episódio em que o dono da Kalunga admitiu ter pago taxas de regularização para sócios inadimplentes, que poderiam, assim, votar em fevereiro. Os pagamentos foram feitos com 50% de desconto por conta de uma promoção idealizada pela diretoria. Mas a comissão eleitoral tratou o benefício como anistia, proibida pelo estatuto alvinegro a partir de 12 meses antes da votação. Desta forma, os beneficiados com a redução de preço foram excluídos da lista de votantes.
Ao justificar a decisão de tentar barrar Garcia, a comissão fez uma analogia com as leis brasileiras e classificou o gesto do candidato como compra de votos. Uma gravação em que Antônio Rachid, secretário-geral do clube, diz que Garcia pagará taxas de quem votar nele também foi usada para sustentar a decisão.
Como o estatuto corintiano não menciona veto a candidatos pagarem taxas aos associados, a comissão fez a analogia com a legislação do país, o que é contestado por Garcia.
"Os especialistas que consultei afirmam que vale o estatuto do clube", declarou o candidato. Ele também cita eventos como churrascos e café da manhã oferecidos por outros candidatos a sócios para se defender. "Se fizerem essa analogia com as leis eleitorais, então todos devem ser impugnados. Não tem eleição", disse ele.
Outro ponto de sua defesa é que, se os associados beneficiados com os pagamentos feitos por ele estão impedidos de votar, não existe infração para ser punida.
Sobre ter quitado as taxas com cartão de crédito, Garcia afirma que quis "mostrar para todos o que estava acontecendo no clube. Produzi uma prova de propósito para deixar claro o que sempre aconteceu nas eleições do Corinthians. Todos os candidatos fazem isso".
O pleito já virou assunto de Justiça por causa da impugnação da candidatura do opositor Antonio Roque Citadini. Mas ele conseguiu uma liminar para poder disputar a eleição e segue no páreo.
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