Justiça manda Santos pagar empresas pela prioridade dada ao Barça por Giva
Em primeira instância, a Justiça determinou que o Santos pague 959.940 euros (aproximadamente R$ 3,85 milhões), acrescidos de juros, para duas empresas que tinham participação nos direitos econômicos de Giva. O juiz Rafael Gouveia da Cruz Linardi entendeu que o alvinegro deve repassar essa quantia aos investidores por ter recebido, segundo dados do processo, 1,8 milhão de euros do Barcelona pela preferência de compra do atacante. A operação foi realizada simultaneamente à transferência de Neymar para a Espanha.
A sentença determina o pagamento de juros de 1% ao mês a partir de 25 de julho de 2013. Pelos cálculos do advogado das autoras da ação, Geraldo Fonseca, do escritório FVA advogados, o valor corrigido e com honorários hoje é de cerca de R$ 6,7 milhões.
Cabe recurso. O blog não conseguiu entrar em contato com a diretoria santista para falar sobre o assunto.
As empresas Gold Soccer e Aspire Sport AD alegam que detinham 53,33% dos direitos econômicos de Giva no momento em que o Santos negociou a prioridade com o Barça. Elas ajuizaram ação de cobrança porque não receberam porcentagem do valor pago ao Santos pelos espanhóis pela preferência. O alvinegro era dono de 20%. Os 26,6% restantes eram divididos igualmente entre as empresas Concretize e Ed Wood.
Durante o processo, os advogados santistas alegaram falhas na representação feita pelas empresas, mas o juiz não concordou com a alegação. Eles afirmaram ainda que o clube nada deve porque o contrato de Giva chegou ao fim. Ele deixou a Vila Belmiro de graça. O time do litoral paulista também não exerceu a opção de compra que tinha em relação à fatia pertencente às parceiras.
Porém, o juiz da 5ª Vara Cível de Santos entendeu que "resta inequívoco que o réu (Santos) promoveu transação financeira com o clube Barcelona no total de 1.800.000 euros". Ele ainda ressalta que o alvinegro não contestou a informação de que recebeu essa quantia. Assim, sua conclusão é de que as empresas tem direito a 53,33% desse montante.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo a prioridade do Barcelona para comprar os direitos de Giva. O clube catalão acionou a Fifa alegando que o Santos não poderia ter concedido a preferência se só tinha 20% dos direitos econômicos do atacante.
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