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Opinião: derrota do SPFC no ABC ressalta benefício injusto ao Corinthians

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18/03/2018 11h17

Não foi por jogar fora de casa que o São Paulo perdeu neste sábado (17) por 1 a 0 para o São Caetano. O time da capital até tinha a maioria dos cerca de 5 mil torcedores no Anacleto Campanella. Mesmo assim, o resultado ajuda a entender como foi injusta a decisão da Federação Paulista de permitir ao Bragantino mandar sua partida desta tarde contra o Corinthians no Pacaembu. O fracasso são-paulino reforça também a bagunça no Estadual.

Mesmo jogando na segunda casa alvinegra, a equipe do interior pode vencer. Mas o jogo seria muito mais complicado para os corintianos em Bragança. Assim como seria mais difícil para o Azulão bater o São Paulo com um confronto no Morumbi e outro no Paulo Machado de Carvalho. Se o primeiro duelo das quartas de final do Paulista tivesse acontecido na capital, apesar do mando do São Caetano, a presença da torcida tricolor seria maior. Consequentemente, a pressão sobre o adversário também aumentaria.

Claro que o teórico desequilíbrio na competição provocado pelo benefício ao Corinthians não tem nada a ver com a falha de Jean no gol do São Caetano e a fraca exibição são-paulina. Porém, não há como negar que essa falta de igualdade existe, não só em relação à equipe de Diego Aguirre e ao próprio Azulão, mas também em referência aos demais participantes desta fase.

Por outro lado, também não dá pra ter pena do São Paulo, que no ano passado jogou duas vezes contra o Linense pela mesma fase e avançou às semifinais com dois triunfos. E nem do Palmeiras, que 2015, na etapa de grupos, viu o Audax ser mandante no Allianz Parque e venceu por 3 a 1.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.