Opinião: banir Del Nero na prática imediatamente é impossível
Não será fácil para a Fifa fazer valer na prática sua decisão de banir definitivamente Marco Polo Del Nero por supostos atos de corrupção negados por ele.
A história recente do futebol brasileiro mostra que ex-presidente de entidade não costuma perder imediatamente sua influência. Foi assim com Ricardo Teixeira, que por bom tempo continuou com uma dose de poder após renunciar e passar o bastão para a dupla José Maria Marin e Del Nero, que vai recorrer contra a punição.
No caso atual há um fato prático. Mesmo nas cordas, Marco Polo teve força para fazer de Rogério Caboclo seu sucessor. O novo presidente eleito é seu homem de confiança. Além disso, antes de levar o tiro de misericórdia da Fifa, Del Nero conseguiu conquistar para o seu lado os antigos opositores Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana, e Francisco Novelletto. Ambos compraram o projeto de Marco Polo para sua sucessão, mesmo sabendo que ele agonizava, e se elegeram vice-presidentes. Irão assumir junto com Caboclo. A posse, incialmente, está prevista para maio do ano que vem.
A partir do momento em que a Fifa considera um presidente de federação nacional culpado, é natural imaginar que a entidade atingida tem interesse em investigar se a mesma foi prejudicada pelos atos do cartola. Mas como esperar que isso aconteça na CBF se o acusado escolheu seus sucessores? Como impedir que os novos dirigentes façam consultas informais com o ex-presidente se preservam boa relação com ele? Del Nero já deixou o seu legado, e não há decisão da Fifa que possa destruí-lo imediatamente. Só o passar dos anos deve enfraquecer Marco Polo.
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