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Capacidade de mudar jogo é virtude que direção do Corinthians vê em Loss

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24/05/2018 04h00

Em que Osmar Loss é forte? Qual seu ponto fraco? E qual a dúvida sobre seu jeito de trabalhar? Abaixo veja expectativas da direção do Corinthians em relação ao ex-auxiliar como treinador no lugar de Fábio Carille.

Pontos fortes

Leitura de jogo jogo

A capacidade de reverter situações delicadas de seus times durante as partidas por meio de mudanças táticas é considerada por pelo menos parte da direção corintiana um dos principais trunfos de Loss. Há até quem aposte que ele seja mais hábil nesse sentido do que seu antecessor.

Estudo dos adversários

Carille costumava fazer um revezamento entre seus auxiliares na véspera das partidas para que um deles desse palestra aos jogadores sobre o rival do dia seguinte. Segundo membro do departamento de futebol, as explanações de Loss costumavam ser as mais elogiadas pela riqueza de detalhes e fidelidade ao que acabava acontecendo durante os jogos.

Respaldo da torcida

Para a direção corintiana, os títulos conquistados nas categorias de base darão fôlego ao novo treinador. A avaliação é de que a torcida terá boa vontade com ele durante o início do trabalho. Loss ganhou o respeito dos alvinegros principalmente por seu desempenho na Copa São Paulo de Juniores. Ele comandou o Corinthians em quatro decisões e levantou a taça duas vezes. Já quando Tite foi para a seleção brasileira parte da torcida e conselheiros influentes queriam a sua efetivação como treinador da equipe principal.

Ponto fraco

Inexperiência

Preocupa a diretoria corintiana o fato de Loss estar na comissão técnica do time profissional faz pouco menos de um ano e meio. Ele só foi auxiliar de Carille. O antecessor, por sua vez, trabalhou com nomes de peso como Tite e Mano Menezes o que ajudou a forjar seu estilo.

Ponto que gera dúvida

Gestão

Para ao menos uma parcela dos cartolas, é uma dúvida como o novo técnico vai se sair administrando o elenco e tudo que gira ao seu redor. Carille era considerado hábil ao lidar com egos dos atletas e conflitos no elenco. Nesse ponto, a diretoria se preocupa com a saída do auxiliar Mauro da Silva, dada como certa no clube, para acompanhar o ex-treinador no árabe Al-Wehda. Ele é considerado especialista nessa área.

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.