Topo

Perrone

Com viagem paga pela CBF, cartolas vão se calar sobre voto de coronel

Perrone

15/06/2018 07h30

É curiosa a situação do grupo de presidentes de federações que viajou para assistir à Copa do Mundo com despesas bancadas pela CBF.

Os cartolas estão furiosos com o presidente da entidade, Coronel Nunes, por ele ter votado no Marrocos como sede da Copa de 2026. O compromisso era de que a CBF votasse junto com todos os sul-americanos na candidatura de Estados Unidos, México e Canadá, que saiu vitoriosa.

Os presidentes de federações, irritados, afirmam que os clubes brasileiros e a própria CBF não terão mais pedidos aceitos pela Conmebol. A entidade trata Nunes como traidor.

Só que, mesmo revoltada, a maioria dos dirigentes das entidades estaduais não pretende cobrar o coronel pela lambança. Ontem, pelo menos parte deles estava em trânsito na Europa a caminho da Rússia. O discurso é de que o assunto só deve ser tratado na volta do Brasil.

Realmente, é difícil alguém desembarcar de um voo da alegria e em seguida peitar quem pagou a conta. No caso, o Coronel Nunes. Assim, o constrangimento deve ser silencioso no encontro com o presidente da CBF.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.