Sócios do Palmeiras pedem que presidente do conselho seja investigado
Grupo de 29 sócios do Palmeiras protocolou requerimento no clube pedindo a criação de uma comissão de sindicância para investigar suposta infração ao estatuto que teria sido cometida por Seraphim Carlos Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo. É pedida também a suspensão do cartola durante a apuração. Ele é tido no clube como um dos conselheiros em que Maurício Galiotte mais confia.
A alegação é de que o dirigente desrespeitou o estatuto participando de reuniões de caráter político na sede social alviverde. É questionado ainda seu comportamento nesses encontros. Os eventos faziam parte da campanha para os sócios votarem a favor das mudanças estatutárias neste sábado. A principal das alterações é a mudança no mandato do presidente de dois para três anos. O "sim" é defendido por Leila Pereira, dona da Crefisa (saiba mais clicando aqui).
O artigo 32 do estatuto palmeirense proíbe associados de fazerem manifestações de caráter político, religioso ou de discriminação no clube.
O documento de acusação classifica as reuniões como manifestações políticas e afirma que houve discriminação aos associados que optaram por votar contra as alterações. Del Grande nega que tenha cometido irregularidades.
"Apesar da ordem estatutária, aquele que está empossado no cargo de presidente do Conselho Deliberativo vem constantemente promovendo, comparecendo e instigando sócios a comparecerem a eventos de natureza política que estão ocorrendo dentro da SEP (Sociedade Esportiva Palmeiras)", diz trecho do requerimento.
O documento cita ainda que os eventos nos quais participantes saboreiam churrasco ou pizzas transformaram o clube em diretório político pelo "sim", apoiado pelo grupo situacionista. Afirma ainda que nas reuniões "são praticados atos que desonram, difamam, menosprezam todos aqueles que discordam da alteração".
Caso haja investigação e Del Grande seja considerado culpado, as punições podem ir de advertência à exclusão do quadro associativo (hipótese improvável), passando por suspensão.
Procurado pelo blog, o presidente do conselho disse desconhecer o requerimento, que foi entregue ao COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). "Não estou sabendo disso. Mas, se protocolaram no COF, fizeram o procedimento errado. Sócios devem se manifestar junto à diretoria executiva", afirmou o cartola.
Os associados descontentes entendem que podem fazer a representação no COF, no Conselho Deliberativo ou na diretoria. Como o alvo é o presidente do conselho e eles entendem que o Galiotte e Del Grande são aliados, escolheram outra opção.
"Qualquer um poderia ter feito manifestação aqui dentro do clube como as que ocorreram. Se eles tivessem feito e me convidassem eu iria para explicar o encaminhamento do processo de mudança do estatuto. É isso que faço nos encontros que vou. Não faço apologia ao 'sim'. E não vi nem um ato de humilhação ou discriminação", declarou o presidente do conselho.
Seus críticos pedem que a comissão para investigar a denúncia não tenha membros que participaram dos eventos favoráveis às mudanças e das "pré-campanhas de marketing pelo 'sim' (voos privados a jogos do Palmeiras)". A menção é uma referência às viagens feitas por membros do conselho no jatinho de Leila para assistir a partidas do Palmeiras.
O pedido foi protocolado na útlima quinta e ainda não tinha sido apreciado pelo presidente do COF, Carlos Afonso Della Monica, até a publicação deste post. Ele não atendeu aos telefonemas do blog.
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