Tendência é turbulência política no Santos continuar com ou sem Peres
A aprovação dos pedidos de impeachment de José Carlos Peres pelo Conselho Deliberativo do Santos nesta segunda está longe de representar a diminuição da turbulência política na Vila Belmiro.
Primeiro porque haverá agora uma dura disputa pelos votos dos associados, que têm o poder de referendar ou rejeitar o afastamento do presidente por maioria simples.
Caso o impeachment seja aprovado, Orlando Rollo, vice-presidente eleito com Peres, assumirá a presidência do clube e do Comitê de Gestão.
Aqui aparece o segundo problema. Rollo também sofre alta rejeição de parcela significativa do conselho. Entre os que rejeitam o cartola estão conselheiros que vivem em São Paulo e também tradicionais de Santos.
O descontentamento com Rollo é tanto que parte dos críticos de Peres viveu uma dúvida cruel sobre se valeria afastar o presidente para colocar o vice, que não tem a simpatia deles, no poder.
Isso significa que se Rollo assumir o comando enfrentará a mesma marcação cerrada de opositores encarada por Peres, com quem entrou em rota de colisão rapidamente.
Ou seja, a temperatura política não tende a baixar se ele for empossado.
Inicialmente, já haverá pressão para que o eventual novo presidente não deixe de investigar atos da administração passada, comandada por Modesto Roma Júnior.
Uma vitória de Peres na assembleia geral não daria garantias a ele de tocar o mandato de maneira mais tranquila.
Isso porque as divergências entre Peres e Rollo aumentaram durante o processo de impeachment. Além disso, a campanha pelo afastamento do cartola organizou e fortaleceu a oposição.
O presidente é acusado de cometer irregularidades que ele nega. Entre as acusações está a participacão no quadro societário de uma empresa habilitada para negociar e agenciar jogadores.
A Saga Talent só foi oficialmente encerrada depois de a presença de Peres como sócio ser revelada pelo blog. O cartola diz que na práticca a companhia já estava desativada quando ele se elegeu.
O estatuto santista veta a participação do presidente em empresas que negociam ou agenciam jogadores.
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