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A diferença para os cofres corintianos entre título e vice da Copa do BR

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17/10/2018 04h00

Bem antes de o Corinthians chegar à final da Copa do Brasil Andrés Sanchez declarou ser esta a competição prioritária para o clube em 2018. Especialmente por causa do prêmio de R$ 50 milhões para o campeão, sem contar os bônus dados nas fases anteriores. Quem sair derrotado da decisão desta quarta (17) entre o alvinegro e o Cruzeiro vai faturar apenas pelo segundo lugar R$ 20 milhões.

Mas o que representa para o clube paulista, que tanto valorizou a cota dada ao campeão, essa diferença de R$ 30 milhões? Uma análise no último relatório financeiro relativo a 2018 disponível no site corintiano ajuda na resposta. Os números são de julho deste ano.

Os R$ 30 milhões a mais dados a quem se sair melhor na finalíssima em Itaquera seriam suficientes, por exemplo, para cobrir o deficit das áreas social e de esportes amadores até julho e ainda sobraria dinheiro. O prejuízo desses departamentos foi de R$ 21,1 milhões. O deficit total do Corinthians, juntando todas as áreas até julho, incluindo o futebol, ficou em aproximadamente R$ 17,3 milhões. A diferença se explica com o superavit apresentado pelo futebol isoladamente. Ele foi de R$ 3.785.000.

Os R$ 30 milhões de diferença entre o bônus para o campeão e o dado ao vice ainda superaria toda a receita corintiana obtida com patrocínio e publicidade nos sete meses iniciais do ano. Foram arrecadados R$ 20.878.000.

O verba superior para o primeiro colocado também representa quase o triplo do que o alvinegro amealhou com premiações, seu programa de sócio-torcedor e participação em loterias (essas receitas são calculadas juntas) até julho. Foram cerca de R$ 10,2 milhões. No primeiro semestre, o alvinegro foi campeão paulista.

A quantia se aproxima de cobrir a despesa registrada no item "futebol" dentro do departamento profissional e que foi de R$ 38.198.000 até o final do sétimo mês de 2018.

Por fim, embolsar R$ 30 milhões a mais com um resultado positivo nesta noite em Itaquera representaria ganhar quase oito vezes mais do que o superavit acumulado pelo departamento de futebol corintiano até julho. Foram R$ 3.785.000 no azul.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

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