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Análise: vitória sobre Argentina consolida ataque como problema da seleção

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16/10/2018 17h05

A vitória por 1 a 0 sobre a Argentina, nesta terça (16), consolidou a anemia ofensiva como principal problema da seleção brasileira neste momento.

Especialmente no primeiro tempo, o Brasil foi um time eficiente na marcação e com jogadores solidários, dispostos a ajudar fora de seus setores de origem.

Ao mesmo tempo, foi profunda a dificuldade brasileira para produzir jogadas agudas no ataque.

Tudo bem que o adversário não contou com Messi, mesmo assim foi elogiável o desempenho brasileiro na marcação principalmente no primeiro tempo. Os rivais tiveram dificuldade para se aproximar da meta de Alisson.

A segura marcação fez o Brasil ter mais posse de bola e ocupar constantemente o campo de defesa adversário na etapa inicial.

Movimentações interessantes dos jogadores ajudaram nesse quadro. Um exemplo foi dado aos 27 minutos do primeiro tempo quando o zagueiro Miranda tentou o gol após receber a bola do volante Casemiro. Pouco depois, Coutinho fez falta na defesa enquanto ajudava na marcação, em outra demonstração de futebol solidário.

Só que a superioridade brasileira não se transformou em gols nos 45 minutos iniciais basicamente por conta da grande distância entre Neymar, Firmino, Gabriel Jesus e Coutinho. Faltaram triangulações e velocidade para surpreender a defesa argentina.

O adversário iniciou o segundo tempo de maneira mais ofensiva e equilibrou o jogo, mas também não mostrou o poderio ofensivo de outrora.

Nesse ritmo, o segundo tempo se arrastou sem grandes atrativos, destoando da tradição do clássico sul-americano.

O jogo caminhava para um empate sem gols quando Miranda, nos acréscimos, marcou de cabeça o gol da vitória brasileira após cobrança de escanteio. Emblemático que um zagueiro tenha resolvido o problema ofensivo do time de Tite.

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.