Justiça dos EUA nega pedido que aumentaria restituição de Marin a entidades
A Justiça dos Estados Unidos negou na última quinta (20) pedido que aumentaria a quantia a que José Maria Marin foi condenado a pagar para entidades internacionais. A iniciativa da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) está relacionada à condenação do cartola por suposta prática de corrupção. A informação foi divulgada pelo site "Law 360" e confirmada pelo blog.
O recurso visava que a juíza Pamela Chen reconsiderasse decisão de novembro na qual negou solicitação de Concacaf, Fifa e Conmebol para serem restituídas por Marin e Juan Angél Napout, ex-presidente da Conmebol, entre outros dirigentes, em mais de US$ 120 milhões (cerca de R$ 463,98 milhões na soma dos pedidos).
Na sentença original, a juíza determinou que Marin, Napout e outros condenados dividissem o pagamento de U$ 2,1 milhões (aproximadamente R$ 8,1 milhões) para entidades que se sentiram prejudicadas. Isso além de restituições individuais.
A Concacaf alega que o dinheiro destinado a ela é inferior aos gastos que teve com advogados e no processo de investigação interna para apurar eventuais prejuízos com o esquema de corrupção. Também sustenta que não será suficientemente ressarcida pela desvalorização nas negociações de direitos de TV de suas competições por conta do escândalo.
Os advogados de Marin e Napout apresentaram suas contestações diante do novo pedido da Concacaf. A Justiça, então, manteve a decisão inicial envolvendo, além da Concacaf, Conmebol e Fifa. A entidade sul-americana e a federação internacional seriam contempladas numa eventual mudança, mesmo sem terem entrado com o pedido de reconsideração.
Os advogados de Marin comemoraram o resultado que não altera as punições dadas a ele. O ex-presidente da CBF foi condenado a devolver sozinho US$ 137.532,60 (por volta de R$ 531,7 mil) para Conmebol e Fifa, além de entrar na divisão de US$ 2,1 milhões. Só a entidade sul-americana pedia US$ 7 milhões (aproximadamente R$ 27 milhões) do dirigente brasileiro.
Em agosto, o ex-presidente da CBF foi condenado a quatro anos de prisão nos Estados Unidos, após ser acusado de receber propina na venda de direitos de transmissões de competições para emissoras de TV.
Cerca de dois meses depois, Marin foi transferido para o presídio de segurança mínima de Allenwood. na Pensilvânia. Até então, ele estava no Metropolitam Detention Center, em Nova York, conhecido pelas más condições carcerárias.
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