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Justiça dos EUA nega pedido que aumentaria restituição de Marin a entidades

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23/12/2018 11h37

A Justiça dos Estados Unidos negou na última quinta (20) pedido que aumentaria a quantia a que José Maria Marin foi condenado a pagar para entidades internacionais. A iniciativa da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) está relacionada à condenação do cartola por suposta prática de corrupção. A informação foi divulgada pelo site "Law 360" e confirmada pelo blog.

O recurso visava que a juíza Pamela Chen reconsiderasse decisão de novembro na qual negou solicitação de Concacaf, Fifa e Conmebol para serem restituídas por Marin e Juan Angél Napout, ex-presidente da Conmebol, entre outros dirigentes, em mais de US$ 120 milhões (cerca de R$ 463,98 milhões na soma dos pedidos).

Na sentença original, a juíza determinou que Marin, Napout e outros condenados dividissem o pagamento de U$ 2,1 milhões (aproximadamente R$ 8,1 milhões) para entidades que se sentiram prejudicadas. Isso além de restituições individuais.

A Concacaf alega que o dinheiro destinado a ela é inferior aos gastos que teve com advogados e no processo de investigação interna para apurar eventuais prejuízos com o esquema de corrupção. Também sustenta que não será suficientemente ressarcida pela desvalorização nas negociações de direitos de TV de suas competições por conta do escândalo.

Os advogados de Marin e Napout apresentaram suas contestações diante do novo pedido da Concacaf. A Justiça, então, manteve a decisão inicial envolvendo, além da Concacaf, Conmebol e Fifa. A entidade sul-americana e a federação internacional seriam contempladas numa eventual mudança, mesmo sem terem entrado com o pedido de reconsideração.

Os advogados de Marin comemoraram o resultado que não altera as punições dadas a ele. O ex-presidente da CBF foi condenado a devolver sozinho US$ 137.532,60 (por volta de R$ 531,7 mil) para Conmebol e Fifa, além de entrar na divisão de US$ 2,1 milhões. Só a entidade sul-americana pedia US$ 7 milhões (aproximadamente R$ 27 milhões) do dirigente brasileiro.

Em agosto, o ex-presidente da CBF foi condenado a quatro anos de prisão nos Estados Unidos, após ser acusado de receber propina na venda de direitos de transmissões de competições para emissoras de TV.

Cerca de dois meses depois, Marin foi transferido para o presídio de segurança mínima de  Allenwood. na Pensilvânia. Até então, ele estava no Metropolitam Detention Center, em Nova York, conhecido pelas más condições carcerárias. 

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.