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Após R$ 5 mi extras, Arena Corinthians vende R$ 50 mi no ano em CIDs

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04/12/2018 04h00

A Arena Corinthians vai fechar 2018 com R$ 50 milhões em CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) negociados. A quantia representa o total de títulos disponibilizados pela prefeitura de São Paulo neste ano.

O município havia autorizado a venda de R$ 45 milhões em certificados durante 2018, mas o clube e o fundo ligado ao estádio pediam emissão equivalente a pelo menos R$ 100 milhões. Todos os papéis disponibilizados foram comercializados.

No dia 12 de novembro, o prefeito Bruno Covas assinou um decreto autorizando crédito adicional suplementar que incluía mais R$ 5 milhões em CIDs. Conforme o blog apurou, a nova carga também já foi negociada.

Em termos comparativos, em 2017 foram vendidos R$ 31 milhões em certificados, quantia total liberada pela prefeitura na ocasião.

Desde o início (2015) foram repassados para empresas interessadas cerca de R$ 120 milhões em certificados. O total aprovado pelo município inicialmente foi de R$ 420 milhões, porém o valor sofre atualizações por conta da valorização dos títulos.

A emissão dos CIDS foi idealizada para ajudar o alvinegro a pagar pela construção de seu estádio. Os papéis são negociados com empresas que pagam valores inferiores ao de face. Elas usam os títulos para quitar parte de seus impostos municipais.

Em fevereiro, Andrés Sanchez disse durante entrevista ao SporTV que os títulos estavam valendo entre R$ 470 milhões e R$ 480 milhões. Na mesma conversa o presidente corintiano afirmou que a dívida pela construção do estádio naquele momento era de R$ 1,18 bilhão.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.