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Estafe de Ferraz vê ida para SPFC como improvável e se irrita com Peres

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11/01/2019 04h00

A transferência de Victor Ferraz para o São Paulo passou a ser considerada praticamente inviável pelo estafe do lateral por conta de uma suposta demora do Santos em responder à última oferta feita pelo São Paulo. A interpretação é de que José Carlos Peres não quer a negociação. Mas o presidente santista negou ao blog, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tenha respondido ao clube paulistano. Só não revelou qual foi a resposta e ainda disse que a oferta são-paulina não foi enviada de maneira oficial.

De acordo com um dos envolvidos no negócio, a mais recente tentativa tricolor foi de pagar 1 milhão de euros (cerca de R$ 4,2 milhões) pelos 40% dos direitos do atleta pertencentes ao alvinegro. O Coritiba possui outros 40% e o jogador 20%.

Inicialmente, foi avaliada a troca entre Ferraz e o são-paulino Trellez. Segundo Peres, a sugestão foi do São Paulo, já uma pessoa ligada ao lateral diz que o presidente do Santos teve a ideia e depois recuou.

O desenrolar das tratativas deixou o estafe do atleta irritado com o principal cartola santista. Um dos motivos de  insatisfação está relacionado a declarações dadas por Peres sobre o jogador pensar em "seu "futuro financeiro" ao estudar a transferência. A queixa é de que o dirigente estaria jogando Ferraz contra a torcida. E ainda de que esse cenário desvaloriza o lateral-direito, que terminou o ano como capitão santista.

Apesar do imbróglio em que se transformou a possibilidade de ida do atleta ao Morumbi, quem convive com Ferraz afirma que ele está motivado, principalmente por conta do pedido de Jorge Sampaoli para que ele permaneça na Vila Belmiro. O ex-volante Renato, agora dirigente santista, também tem tido papel fundamental conversando constantemente com o atleta.

O blog não conseguiu ouvir representantes do São Paulo sobre o tema nesta quinta (10) pouco antes da estreia do time na Flórida Cup.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.