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Em derrota para Ponte, SPFC não mostra o que precisa ter contra Talleres

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09/02/2019 21h01

Na derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, neste sábado (9), em Campinas, pelo Campeonato Paulista, o São Paulo não mostrou as características que serão necessárias para avançar no torneio continental após perder para o Talleres por 2 a 0, na Argentina.

Contra os argentinos, na próxima quarta-feira, em casa, os tricolores precisarão a todo custo criar chances de gol. Foram quase nulas as oportunidades diante da Macaca. Nenê não conseguiu armar o time, o que ajuda a explicar a fraqueza ofensiva.

Mas, claro, a culpa não é só do veterano. Para fazer gols (são necessários pelo menos dois na quarta) é preciso ter a posse de bola. Para isso, errar poucos e ser eficiente nos desarmes são obrigações. Os são-paulinos não fizerem as duas coisas no interior.

Também ajuda uma marcação sob pressão na saída de bola do adversário (essa estratégia é básica para pressionar o Talleres). Porém, os ponte-pretanos tiveram pouca dificuldade para sair de seu campo de defesa.

Partir rápido da defesa para o taque quando roubar a bola será fundamental para tentar surpreender os argentinos. Mas contra a Ponte a lentidão foi marca registrada dos são-paulinos.

Trocas rápidas de passes, tabelas e triangulações entre laterais, meio-campistas e atacantes atormentariam a defesa do Talleres. Porém, na última partida antes do duelo decisivo nada disso aconteceu. A falta de aproximação entre os atletas contribuiu para isso.

Para ter sucesso na quarta, o São Paulo precisa de uma defesa segura, que sabe como se posicionar. Neste sábado, contudo, o gol da Ponte, marcado por Hugo Cabral , saiu de um cruzamento aéreo que poderia ser neutralizado com organização na área.

Por tudo isso, o desempenho da equipe, mais do que o resultado, foi desanimador para o são-paulino que já pensa no jogo com o Talleres.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.