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Previsão para clássico em Itaquera: meias sonolentos, chuveirinhos e erros

Perrone

16/02/2019 13h36

A armação não funciona. Faltam criatividade, tabelas, triangulações e os atacantes sofrem pra receber a bola.

Esse cenário desolador se aplica tanto para o Corinthians como para o São Paulo, adversários neste domingo (17) em Itaquera pelo Campeonato Paulista.

Na maioria das partidas das duas equipes nesta temporada, os ataques pouco produziram por conta das dificuldades de criação dos meias. Coisa de dar sono no torcedor.

Mas esse defeito em comum não representa tendência de um jogo chato. Os erros de passes e das defesas das duas equipes têm gerado chances de ouro para os adversários. Caso isso se repita, teremos emoção na Arena Corinthians.

Do lado alvinegro, Jadson tem produzido muito menos do que se espera dele na armação. E Sornoza ainda não foi para ele um companheiro eficiente na criação das jogadas. O cruzamento para Gustavo é uma das poucas coisas que funcionam no time de Fábio Carille.

No São Paulo, quem não consegue armar é Diego Souza. Hernanes, aparentemente sem ritmo de jogo, não conseguiu ajudá-lo. Nenê é outra opção criativa que não funciona.

As duas defesas ainda não se acertaram. No São Paulo, quando Jucilei joga a lentidão deixa a zaga desprotegida. No Corinthians, Henrique e Manoel dão frio na barriga do torcedor.

Dificuldades semelhantes dão equilíbrio ao clássico. Teoricamente chuveirinhos tendem a ser frequentes. No ataque corintiano porque é praticamente a única jogada que  tem dado resultado.

Pelo São Paulo é de se esperar que o experiente e pragmático Vágner Mancini aposte nas bolas aéreas, responsáveis por acelerar os batimentos cardíacos da Fiel.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.