Autor de tributo a golpe militar diz ter festejado democracia corintiana
Osmar Stabile, conselheiro oposicionista do Corinthians, não quer dar entrevistas neste momento sobre a iniciativa de financiar vídeo de apoio ao golpe militar de 1964 e que acabou sendo divulgado pelo Planalto no último domingo (31). Porém, o blog apurou que nos bastidores ele argumenta não ter ido na contramão do clube, que no primeiro jogo contra o Santos pelas semifinais do Paulista resgatou faixa a favor da democracia. Sua narrativa longe dos microfones também é de que ele tem dúvidas sobre a ocorrência de tortura durante o regime militar.
Ao UOL Esporte, Edna Murad, vice-presidente do Corinthians, criticou Stabile dizendo que credita seu posicionamento a uma visão rasa da história do país e do alvinegro. Classificou como absurda a defesa de um regime acusado de praticar tortura. A apuração do blog é de que Stabile afirma ter apoiado e celebrado a volta da democracia nos anos 1980 e a Democracia Corintiana, simbolizada por Sócrates, por entender que a ditatura se estendeu demais. Ele também se diz um democrata, apesar do apoio ao golpe, e que por isso não está numa linha contrária à do clube.
A pelo menos um interlocutor, no entanto, o ex-vice-presidente de esportes terrestres na gestão de Alberto Dualib declarou não poder afirmar que ocorreram torturas durante o regime militar. Alega não ter tido parentes ou amigos torturados. Na nota em que escreveu sobre o vídeo, ele sustentou que não teve a intenção de mexer com os sentimentos daqueles que "se dizem perseguidos pelas forças do Estado" na ocasião. Ao mesmo interlocutor ele afirmou que seu vídeo se refere à intervenção em 1964, não entrando no mérito do que aconteceu durante o regime militar.
Longe dos microfones, o ex-candidato à presidência do Corinthians, também tem dito que concorda com Antonio Roque Citadini, assim como ele conselheiros de oposição no Corinthians. Seu colega se manifestou em rede social afirmando que a maioria esmagadora dos membros do Conselho Deliberativo, o que inclui a atual diretoria, votou em Jair Bolsonaro para a presidência do país.
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