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Corinthians tem plano para vender nome da arena por 20 anos e receber em 10

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25/04/2019 04h00

Foto: Daniel Vorley/AGIF

Ainda sem conseguir vender os naming rights de seu estádio, o Corinthians pede hoje a eventuais interessados metade dos R$ 40 milhões anuais que pretendia ganhar inicialmente, conforme apurou o blog. Oficialmente, o clube não revela valores.

Porém, uma das estratégias idealizadas manteria os ganhos por ano no mesmo patamar durante uma década. Atualmente, quando senta para apresentar o projeto, uma das prioridades do Corinthians é oferecer 20 anos de patrocínio no estádio por R$ 400 milhões. Mas o desejo é receber o pagamento em dez anos, também de acordo com a apuração do blog. Assim, na primeira década da parceria, seriam recebidos R$ 40 milhões anuais. Nos dez anos finais, o parceiro nada desembolsaria.

No papel, essa engenharia financeira ajudaria o alvinegro a acelerar o pagamento do financiamento de R$ 400 milhões feito junto ao BNDES por meio da Caixa. Vale lembrar que toda receita gerada pelo estádio deve ser direcionada para cobrir a dívida pela construção.

Na prática, no entanto, o desenho do negócio assusta possíveis investidores por conta do alto custo por dez anos.

Em 2016, o Corinthians manteve negociações avançadas com um fundo de investimentos que pagaria R$ 320 milhões por 15 anos de contrato. Cerca de R$ 21,3 milhões anuais.

Neste momento, segundo fonte na diretoria, há conversas com empresas, mas nada perto de ser concretizado. Já faz sete anos que Andrés Sanchez, agora de volta à presidência do clube, disse que estava perto de vender os naming rights.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.