Desafetos tentam excluir filha de Peres do Santos. Ela fala em ir à Justiça
Na última terça (14), um grupo de conselheiros do Santos protocolou no Conselho Deliberativo pedido de expulsão de Daniela Rocco Peres do quadro associativo do clube. Filha do presidente José Carlos Peres, ela é acusada de ter ofendido adversários políticos de seu pai em sua conta no Facebook.
Daniela nega ter feito as ofensas, afirmando que as mensagens atribuídas a ela são falsas. Ao blog, a filha do cartola também falou em eventualmente se defender na Justiça.
"Não fui notificada sobre esse requerimento, só ouvi dizer. Então, não tenho nada a declarar. Vou esperar chegar algo pra mim e vou me defender. Se precisar, vou até à Justiça fazer a minha defesa. É um pedido totalmente político", declarou ela.
O imbróglio começou no mês passado, depois de as contas de Peres serem reprovadas pela primeira vez (nesta terça o conselho ratificou a reprovação). Naquela ocasião circularam em grupos de WhatsApp mensagens que teriam sido postadas pela mulher de Peres, Maria de Lourdes Rocco.
"Esses conselheiros são amigos do Marcelo Teixeira e do (Modesto) Roma (ex-presidentes), que quase fechou as portas do Santos. São abutres querendo trazer o tal (Orlando) Rollo (vice-presidente licenciado) de volta. Nós, torcedores do Santos, temos que abrir o olho, senão os ladrões vão voltar", dizia uma das mensagens. À Daniela foi atribuído o seguinte comentário, supostamente em resposta à mãe: "li. Essa corja não vale nada".
Em meio à polêmica, Maria de Lourdes escreveu texto afirmando que as afirmações eram falsas. A mulher do presidente não é sócia do Santos, por isso o requerimento não pede medidas contra ela.
O documento, encabeçado pelo conselheiro Antônio Alfredo Glashan diz ser inadmissível parentes do presidente do clube irem às redes sociais criticar conselheiros eleitos para fiscalizar a gestão.
A solicitação de expulsão se baseia em artigo que prevê a possibilidade dessa punição para quem "atingir por ato público ou manifestação escrita ou verbal a reputação, a integridade, o prestígio ou o conceito moral e o bom nome do Santos, de seus órgãos ou dos membros desses órgãos."
O estatuto santista diz que cabe ao Comitê de Gestão (CG) decidir sobre eventuais punições aos associados. Porém, o requerimento afirma que, como Peres preside também o CG, ele participaria do julgamento da própria filha. Assim, o documento pede para que o caso seja decidido pelo Conselho Deliberativo (CD).
O blog procurou Marcelo Teixeira, presidente do CD para saber sua decisão sobre o caso. "Não vimos ainda o requerimento. Pode ter sido protocolado depois da reunião. A mesa (do CD) se reunirá e avaliará o pedido. Se necessário, vai encaminhar à comissão do estatuto para um parecer", afirmou o dirigente.
Durante a reunião, conselheiros manifestaram desejo de que o órgão aprovasse uma manifestação de repúdio contra supostas postagens de mulher e filha do presidente. Teixeira se posicionou contra a ideia. "Houve o esclarecimento, não pertencia à página (da mulher de Peres) e não foi autora do texto. Foi retirado e postado texto dirimindo quaisquer dúvidas", afirmou o presidente do conselho justificando a negativa.
Com Eder Traskini, do UOL, em Santos
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