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Empréstimos de mais de R$ 37 mi alimentam debate sobre contratações no SPFC

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14/06/2019 04h00

Os mais de R$ 37 milhões que o  São Paulo já pegou emprestados junto a bancos neste ano embalam uma discussão no clube sobre a política de contratações adotada pela diretoria.

Críticos, incluindo alguns situacionistas, afirmam que sob a batuta de Leco jovens são vendidos e para suas vagas são trazidos jogadores por altos valores e que não conseguiram recolocar a equipe no caminho dos títulos.

Essa equação exigiria constantes reformulações no time. Para fazer a roda girar, os empréstimos teriam sido necessários.

Por sua vez, quem faz parte da direção alega que o São Paulo conseguiu atender a quase todos os pedidos de seus treinadores e que foram trazidos reforços de qualidade.

O atacante Pablo é usado como exemplo de jogador que era pretendido por rivais.  Hernanes e Pato são tidos como atletas que não agradaram só à comissão técnica, mas também à torcida. Já Tchê Tchê é citado como uma peça que Cuca queria muito.

Nesse cenário, a diretoria entende que as críticas sobre sua atuação na montagem do time são injustas.

Existe também o discurso de confiança em relação aos reforços e ao trabalho de Cuca. A aposta é que a equipe vai decolar depois da Copa América.

Nesse período, pelo menos dois reforços podem chegar (lateral-direito e centroavante), mas também devem sair jogadores. Vale lembrar que Leco tem assegurado a manutenção das principais revelações que estão no time de cima.

Há na situação quem admita a necessidade de quebrar a rotina de venda de jovens seguida de reposições. Porém, o argumento é de que isso só será possível com uma drástica redução da dívida do clube.

Além do volume maior do que o esperado de contratações, Elias Barquete Albarello, diretor financeiro executivo,  aponta o fato de a Globo agora repassar uma parte maior do dinheiro pago pelas transmissões no segundo semestre como um dos fatores que contribuíram para a necessidade de empréstimos. Outros, segundo ele, foram o atraso de pagamentos a serem feitos por outras equipes e eliminações precoces na Copa do Brasil e na Libertadores.

Com José Eduardo Martins, do UOL, em São Paulo

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.