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Opinião: Peru se classifica após jogo tão ruim que parecia do Brasileirão

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29/06/2019 18h16

Medalhões jogando mal, abundância de passes errados, finalizações bizarras, lentidão, passes laterais e excesso de chutões, principalmente buscando Guerrero, cercado por rivais. Teve ainda muita resenha do árbitro com os jogadores e demoradas checagens do VAR.

A descrição poderia ser de uma partida frequentemente assistida no Brasileirão, mas é o retrato do que foi Uruguai 0 x 0 Peru pelas quartas de final da Copa América. Nada muito diferente dos outros três jogos dessa fase. Dois deles sem gols (Brasil x Paraguai e Chile x Colômbia). Só a Argentina não precisou dos pênaltis ao vencer a Venezuela por 2 a 0, mas também sem brilho.

Na Fonte Nova, os uruguaios Cavani e Suárez e o peruano Guerrero jogaram muito abaixo do que podem, como já havia feito Messi na vitória argentina.

Os números da partida mostram como foi ruim o jogo em Salvador. Foram só três finalizações certas nos pouco mais de 90 minutos, todas do Uruguai, que ainda errou seis arremates. Cavani foi preciso em suas duas tentativas e marcou na disputa de pênaltis. Suárez falhou no único tiro ao gol e ainda perdeu seu pênalti. Os peruanos erraram as três conclusões feitas por eles. Guerrero não finalizou durante o jogo. Porém, deixou sua marca na disputa dos pênaltis. Os dados são do site especializado Footstats.

Depois do sonolento duelo no tempo regular, a perfeição dos peruanos nos pênaltis foi premiada. Acertaram as cinco cobranças e viram o Uruguai perder uma. Assim, temos mais um semifinalista que chega sem encantar, como Brasil, Argentina e Chile.

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.