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Advogado insiste em acareação e diz que Najila não teme encarar Neymar

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04/07/2019 04h00

(Crédito: Nelson Almeida/AFP e Reprodução)

Cosme Araújo, o advogado de Najila Trindade, vai pedir para que a delegada Juliana Bussacos responda formalmente ao seu pedido de acareação entre Neymar e sua cliente, que acusa o jogador do PSG de estupro. O procedimento não é usual em casos de acusação do tipo (o jogador nega ter cometido o crime) para evitar constrangimentos à suposta vítima.

Como mostrou o UOL Esporte, a Polícia Civil decidiu não atender ao pedido, mas a delegada evitou descartar a medida por escrito. Assim, ela pode ser usada se aparecerem novos elementos que tornem o confronto de versões necessário. Mas por que o representante da modelo insiste na ideia? O que ele espera com uma eventual acareação?

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Araújo explicou ao blog que vai pedir uma resposta formal porque só soube da decisão da delegada por meio da imprensa. Para ele, pedir a acareação "é uma demonstração inequívoca de que Najila não tem receio de ficar frente a frente com uma pessoa tão famosa" (e que ela acusa de estupro e agressão).

Outro argumento é o de que se Najila não se sente constrangida em ficar diante de Neymar, a delegada não poderia ser acusada futuramente de constranger a modelo. Araújo alega que colocar um diante do outro pode "robustecer as evidências", ajudando a polícia a solucionar o caso.

Mas como? "Seria possível observar a reação de cada um nas respostas, analisar a expressão corporal. Se alguém estiver mentindo, pode deixar transparecer. Nesses momentos, quem está mentindo pode entrar em contradição", afirmou o advogado.

Na opinião dele, a acareação poderia esclarecer as diferenças entre os relatos dos dois sobre o episódio num quarto de hotel em Paris. Principalmente se Neymar usou camisinha, se Najila pediu para que ele batesse em suas nádegas e se a relação foi consensual, como afirmou o jogador à polícia. A   modelo, por sua vez, sustenta que pediu para ele parar de bater e que não queria fazer sexo com o atleta porque ele não havia levado camisinha.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.