Opositor no SPFC vai à Justiça por papelada de negociação de Cueva e mais 5
Com Pedro Lopes, do UOL, em Belo Horizonte
O conselheiro do São Paulo Denis Ormrod, oposicionista, entrou com ação na Justiça, no último dia 28, para pedir a documentação referente ao pagamento de comissões relativas a negociações envolvendo seis jogadores.
Ele alega que a diretoria e os poderes do clube não atenderam a seus pedidos para examinar a papelada. Isso teria ferido seus direitos como sócio e membro do conselho.
A ação de produção antecipada de provas também fala em gestão temerária por parte da atual diretoria e o conselheiro alega suspeitar de pagamentos de comissões a empresários fantasmas e de valores superiores ao de mercado.
Leonardo Serafim, diretor jurídico executivo do São Paulo, afirmou que o clube ainda não foi notificado e que não pode antecipar sua estratégia de defesa.
Denis pede para que a Justiça dê cinco dias à agremiação para apresentar documentos e esclarecimentos.
São requeridas documentações com valores e beneficiários de comissões em negociações envolvendo Diego Souza, Cueva, Hernanes, Maicon, Petros e Jucilei. Sobre Cueva, Denis afirma que o clube recusou uma oferta de aproximadamente 12 milhões de euros (cerca de R$ 52, 28 milhões atualmente) e depois vendeu o jogador por 8 milhões de euros (R$ 34,85 milhões). Assim, quer explicações.
O conselheiro pede ainda esclarecimentos sobre como estão distribuídos os direitos econômicos de Antony.
Também são requeridos relatórios fiscais e esclarecimentos a respeito de despesas e receitas do departamento de golfe tricolor.
Contestação
Nos bastidores, uma série de argumentos é usada pela diretoria para negar suspeitas e reclamações citadas por Denis.
O argumento interno é de que não é possível apresentar documentos para cada um dos mais de 200 conselheiros. Por isso são eleitos membros do Conselho Fiscal que analisam a papelada representando os conselheiros.
O raciocínio também inclui o fato de as operações terem sido examinadas pelo Conselho de Administração, além do Fiscal, e por uma auditora externa.
Completa a argumentação o fato de o Conselho Deliberativo ter aprovado balanços e orçamentos. Esse conjunto, demonstraria que ilegalidades não foram cometidas.
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