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Queda do Palmeiras é normal, mas não hostilidade de grupo de torcedores

Perrone

21/07/2019 10h21

Absolutamente normal a queda de desempenho que o Palmeiras apresenta neste momento. É previsível até. Praticamente todos os últimos campeões brasileiros passaram por isso durante a temporada, sempre desgastante.

O que não é normal é torcedor hostilizar seu time apesar de ele liderar o Brasileirão, até então de forma invicta.

Não é possível afirmar que o nervosismo da equipe de Felipão na derrota por 2 a 0 para o Ceará neste sábado (20) tenha a ver com o protesto de alguns torcedores na porta do hotel em Fortaleza. Mas, diante do resultado do jogo, dá pra cravar que a pressão em nada ajudou.

Graças à ação hostil de alguns membros de Mancha Alviverde, Scolari ganhou um problema a mais. Além de corrigir o time em campo, tem que blindar emocionalmente os jogadores da pressão de torcedores. Vale lembrar que o Palmeiras já teve até ônibus apedrejado por sua torcida. Ou seja, é natural que atletas fiquem com medo que possa acontecer depois do fracasso em Fortaleza.

Perceba o absurdo, estamos falando do líder do Brasileirão e um dos candidatos ao título da Libertadores. Não há motivo para desespero do torcedor alviverde.

Até porque os problemas são tão claros que Felipão não deve sofrer pra acabar com eles.

Resumidamente, falhas de posicionamento na marcação, erros nas finalizações e  algumas atualizações individuais fracas, como as de Lucas Lima e Deyverson são as causas da queda de rendimento. Nada difícil de resolver, diferentemente de lidar com ações hostis de torcedores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.