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Fala de Andrés contraria expectativa da Caixa por tom amistoso para acordo

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21/09/2019 10h10

Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Andrés Sanchez foi na contramão do clima de conciliação iniciado entre Caixa Econômica e Corinthians ao dizer que haverá um acordo, mas do jeito que o clube quer. A declaração foi dada depois da derrota por 2 a 0 para o Independiente del Valle, na última quarta (18), e é exatamente o que executivos do banco não esperavam ouvir neste momento.

Como mostrou o blog, as duas diretorias mantiveram contato telefônico na tentativa de um acordo amigável sobre a ação de execução proposta pelo banco contra a agremiação. A Caixa alega seis meses de atraso no pagamento de parcelas deste ano referentes ao financiamento de R$ 400 milhões feito por intermédio dela junto ao BNDES para ajudar a arcar com os gastos da construção da arena corintiana. Por conta da inadimplência, o banco executou o contrato cobrando antecipadamente a dívida total de aproximadamente R$ 536 milhões.

A conversa sobre uma eventual renegociação foi em tom amistoso e caminhou para o agendamento de uma reunião na próxima semana entre as duas diretorias. No entanto, a Caixa sinalizou ao Corinthians que esperava uma postura pública de Andrés na mesma linha das conversas internas, sem agressividade, para criar clima propício a um acerto em relação à cobrança judicial.

Conforme apurou o blog, representantes do banco estatal esperavam que o presidente corintiano adotasse a postura de um devedor que quer resolver o problema, não de quem está disposto à briga e em condições de impor regras. A expectativa era de que Andrés chegasse para a reunião de tentativa de acordo entendendo que o clube precisa convencer a Caixa a ceder, logo, o confronto não seria a melhor solução para o Corinthians. O presidente do alvinegro não fala com o blog, por isso foi impossível ouvi-lo sobre o assunto.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.