Ironia e indignação: bastidores de Neymar x Najila após indiciamento
De um lado ironia e alfinetadas na imprensa. Do outro, indignação. Nos bastidores, essas foram as reações de integrantes do estafe de Neymar e da defesa de Najila Trindade à informação de que a modelo foi indiciada em desdobramentos da acusação de estupro contra o jogador, arquivada pela Justiça. O blog tentou obter declarações oficiais das duas partes, mas não conseguiu. Porém, mesmo sem gravar entrevistas, foi possível medir o impacto da decisão policial nas duas trincheiras dessa guerra.
Ao indagar a um integrante da equipe do jogador sobre o indiciamento de Najila, este blogueiro ouviu resposta irônica. "Ué, mas ela não foi estuprada pelo Neymar? Como pode ter sido indiciada?", foi a primeira frase disparada. Também ficou claro um rancor com a imprensa quando ouvi, em seguida, a acusação de que nós, jornalistas, queríamos condenar o atleta do PSG.
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A postura de atacar a imprensa não é novidade. Foi adotada nos bastidores por gente ligada ao jogador durante toda a cobertura do caso. A ideia central era a de que a imprensa não deveria dar voz para a modelo, ignorando o princípio básico de se ouvir os dois lados na apuração de uma reportagem.
Najila foi indiciada sob a acusação de prática dos crimes de denunciação caluniosa, extorsão e fraude processual. Antes mesmo de Neymar pai falar publicamente sobre a suposta tentativa de extorsão, seu estafe já defendia a tese de que o caso se tratava de uma tentativa de arrancar dinheiro da família em troca de silêncio.
A defesa de Najila nega todas as acusações, mas não se pronunciou durante esta terça (10) alegando ainda não ter tido acesso ao relatório referente ao indiciamento. Porém, o clima já é de indignação. Uma das queixas, por enquanto veladas, é sobre o indiciamento por suposta extorsão. Nesse ponto, a reclamação é de que a modelo não chegou a se reunir com representantes do jogador, logo não poderia ter pedido dinheiro para eles. Segundo relatos de pessoas que trabalham para o pai do atleta, a reunião em que teria ocorrido a tentativa de extorsão aconteceu com o primeiro advogado de Najila no caso, José Edgard Bueno. No entanto, ele negou que tivesse tentado extorquir Neymar. Durante os inquéritos referentes ao caso, a defesa da modelo sempre sustentou que não pediu dinheiro e nem autorizou seu ex-advogado a pedir.
Após o indiciamento, o Ministério Público vai decidir se solicita novas diligências, pede o arquivamento do caso ou oferece denúncia contra a modelo. Em seguida, o juiz analisa o pedido do MP. Em caso de aceitar uma eventual denúncia, então, se iniciará o processo.
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