Opinião: reação apática a ato contra mulher de B. Henrique também é grave
O episódio em que torcedores do Palmeiras são acusados de agredir a mulher de Bruno Henrique, Bhel Dietrich, é gravíssimo. Porém, tão grave quanto é a falta de reação enérgica de jogadores e dirigentes do clube.
O Palmeiras se manifestou numa nota protocolar, criticando e lamentando o ocorrido e afirmando assegurar apoio ao atleta e seus familiares. Na opinião deste blogueiro o clube poderia ter reagido de maneira mais firme. Deveria ter anunciado medidas para reforçar a segurança do elenco, ter cobrado publicamente as autoridades para identificar os acusados e ter se comprometido a expulsar os vândalos, caso eles sejam sócios-torcedores identificados da agremiação.
Até agora, também, não se viu uma reação firme dos jogadores, tanto palmeirenses como de outras equipes. Esse é o gancho para a categoria se unir contra os constantes atos de violência e intimidação de torcedores. Deveriam fazer um protesto, pressionar autoridades pela identificação dos supostos agressores, cobrar medidas protetoras de dirigentes e até políticos para que endureçam a lei contra casos desse tipo.
Mas o sentimento geral parece ser de conformismo. Algo como "é um absurdo, mas acontece mesmo". Só que essa letargia tende a piorar o problema. É razoável imaginar que esse episódio estimule outros torcedores raivosos, não só do Palmeiras, mas de todos os clubes. Vale lembrar que a torcida do Corinthians entoou o famoso "ou joga por amor ou joga por terror" no último sábado depois da derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro.
Enquanto a resposta se der apenas por meio de pronunciamentos óbvios e burocráticos, o ambiente estará propício para que os atos hostis aumentem. Pelo jeito, mais uma chance para impor limites aos torcedores sem noção será perdida.
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