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Para direção existem atletas que precisam entender o que é Corinthians

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31/10/2019 08h43

O diagnóstico de pelo menos parte da diretoria corintiana para a crise enfrentada pelo clube é um tanto subjetivo. A análise é de que há jogadores que precisam entender mais o que é o Corinthians e de que falta confiança ao time.

Compreender melhor o que é o Corinthians passa por lutar mais pelas vitórias, jogar com raça e enxergar a dimensão de resultados negativos em série para os torcedores. Os cartolas evitam externar nomes. Com a derrota para o CSA por 2 a 1, nesta quarta (30), a equipe completou sete jogos sem vitória.

A apatia da maioria dos jogadores incomoda a direção, que avalia ser um comportamento incompatível com que historicamente a torcida cobra do time. O presidente Andrés Sanchez deixou clara a insatisfação com a acomodação de parte do elenco durante a entrevista coletiva concedida em Maceió depois da derrota pelo Brasileirão.

Em relação à falta de confiança o entendimento é de que ela existe por causa do jejum de vitórias. Por conta da insegurança provocada pela sequência de resultados negativos, jogadores estariam com receio de finalizar e tentar jogadas ousadas.

As cobranças mais focadas nos atletas do que na comissão técnica não significam que há satisfação com o trabalho de Fábio Carille. Pelo contrário. Ele é bastante criticado internamente por não dar padrão de jogo ao time e pela dificuldade em alcançar a reação. Porém, a estratégia escolhida pelos cartolas neste momento é pressionar mais os jogadores. Como mostrou a coluna "De Primeira", do UOL, o fatos de uma eventual demissão, em tese, aliviar a responsabilidade dos atletas pelos fracassos e de existir multa rescisória no contrato do técnico pesam para ele continuar no cargo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.