Protestos contra Mattos continuam após ação, diz líder da Mancha
André Guerra, presidente da Mancha Alviverde, afirma que a torcida não mudará sua postura crítica em relação ao diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, após o cartola pedir a ele explicações na Justiça sobre ofensas recentes. Ao blog, o torcedor disse que os protestos vão continuar. Entre esta semana e a próxima novas manifestações devem ocorrer. Além disso, membros da organizada continuarão indo a jogos com uma camiseta que pede a saída do dirigente.
Guerra sustenta que o fato de Mattos acionar a Justiça não o intimidará e assegura o mesmo em relação à torcida. "A ação não muda nada. Vamos continuar protestando porque temos convicção de que muita coisa está sendo feita de maneira errada. O clube gastou R$ 140 milhões com contratações, mas nenhum jogador que chegou no começo do ano é titular. O time não conseguiu chegar em nenhuma final de campeonato, não tem competitividade, o centroavante titular (Luiz Adriano) chegou no meio do ano. O torcedor tem essa convicção de que está errado", afirmou Guerra.
A Mancha tem criticado Mattos sistematicamente questionando gastos com contratações, qualidade de parte dos reforços e desempenho da equipe em 2019. Por isso Guerra afirma que quem deve explicações é o dirigente. "Ele tem que explicar (por exemplo) porque pagou cerca de R$ 24 milhões num jogador como o Carlos Eduardo, que jogou no Goiás e estava no Egito. Já pedi pra mostrar o DVD que usou pra aprovar essa contratação pra gente ver se ele foi enganado", disse o torcedor.
Segundo Guerra, a Mancha agora também exige explicações em relação a Mattos ter alugado dois apartamentos seus para membros da comissão técnica que tiveram pedidos de reajuste auxílio-moradia pedidos pelo diretor de futebol (os contratos ainda não tinham sido assinados quando as solicitações de aumento foram feitas), conforme revelou o blog.
"É moral, é ético Mattos alugar apartamentos para membros da comissão técnica sendo que ele determina o valor do auxílio-moradia? E o presidente tem culpa também. Se ele fez é por que o Maurício [Galiotte] permitiu", declarou o presidente da Mancha.
Por usa vez, Mattos entende que não há algo errado porque ele solicita os reajustes, mas não tem poder de decidir se serão dados. O presidente palmeirense segue essa linha. Diz que há um processo técnico com a participação de outros setores do clube para estabelecer os reajustes que serão concedidos. A palavra final não é do diretor de futebol.
No pedido de explicação na Justiça, Guerra é cobrado para declarar porque Mattos tem sido chamado de ladrão durante protestos da torcida e por qual motivo a Mancha enviou flores para sua mulher. O líder da organizada afirma que os torcedores se sentem roubados porque pagam caro para ver o time montado graças a altos gastos em contratações, mas com despenho que não condiz com o investimento. Argumenta ainda que as flores foram enviadas para confirmar o endereço do dirigente, já que o protesto seria na entrada do condomínio em que ele mora.
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