Opinião: clássico desafia plano ofensivo de Coelho no Corinthians
O clássico deste sábado (9) com o Palmeiras, às 19h, no Pacaembu, desafia o plano de Dyego Coelho, treinador interino alvinegro, de tornar o Corinthians ofensivo e já preparar o time ao estilo de jogo de Tiago Nunes, que assumirá o comando em 2020.
Pelo que mostrou na vitória por 3 a 2 sobre o Fortaleza, Coelho priorizou acabar com a inanição corintiana no ataque e conseguiu. Por outro lado, sofreu com uma defesa bastante vulnerável.
É evidente que, diante da irritação da diretoria e da Fiel com o estilo defensivo empregado por Carille, Coelho não teve outra opção a não ser atacar. E ainda precisa disso para mostrar algo diferente e não sair chamuscado ao final do Brasileirão.
Mas essa transformação leva tempo até que seja alcançado um equilíbrio entre ataque e defesa. Se a retaguarda corintiana já sofreu contra o Fortaleza, o que acontecerá diante do Palmeiras? Com espaço para jogar, meias e atacantes alviverdes costumam ser rápidos e objetivos. Imagine Dudu com a mesma liberdade que os atacantes do time cearense desfrutaram.
Os corintianos não tiveram tempo para se adaptar a seu novo posicionamento. Pelo menos um dos zagueiros se adianta para ajudar na saída de bola. Júnior Urso passa a ter presença constante no ataque, algo como o palmeirense Bruno Henrique está acostumado a fazer.
O desenho tático ensaiado por Coelho tem afinidades com o que Nunes fazia no Athletico. A diferença é que, acostumado a jogar assim, o time paranaense conseguia fazer a transição para a defesa em velocidade. O Corinthians, que demonstra fragilidade em relação ao preparo físico, tem mais dificuldades. Se jogadores de marcação atuam mais avançados e não têm fôlego para voltar quando o time perde a bola, a porteira fica aberta lá atrás. Esse é o risco que Coelho sofrerá no clássico, se mantiver a postura do último jogo.
Nesse cenário, o treinador interino alvinegro precisa escolher entre seguir em frente com sua reformulação para deixar o time com a cara que o corintiano quer e preparar um ferrolho, explorar só os contra-ataques e assumir o risco de irritar sua própria torcida.
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