Oposição recoloca afastamento de Peres em pauta por 'caso Cueva'
A situação de Cueva, afastado do Santos, alimenta o desejo da oposição no clube de realizar nova tentativa de afastamento do presidente José Carlos Peres. O cartola já sobreviveu a dois pedidos de impeachment no ano passado.
A informação de que o peruano treinou pelo time do César Vallejo, da primeira divisão de seu país, nesta quinta (7), aumentou a ira da oposição. Os oposicionistas argumentam que, mesmo liberado para viajar, o meia não poderia ter participado de treinamento por outra equipe. Argumentam que o episódio configura gestão temerária, pois haveria risco ao patrimônio do clube caso o atleta sofresse lesão grave.
Todo o pacote envolvendo o meia é considerado pela oposição como exemplo de gestão temerária. Principalmente o fato de o clube ter concordado em pagar pelo jogador US$ 7 milhões (cerca de R$ 28,6 milhões pela cotação atual), a partir do ano que vem, e, antes mesmo de iniciar o pagamento, afastar o atleta e procurar clubes interessados em sua contratação.
"Ainda há possibilidade de fazer algo para ele para o próximo ano. Ele não joga mais no Santos neste ano. Para isso acontecer, tem que ter outra parte que queira isso. A ideia é fazer algo para ele fora do Santos no ano que vem", disse o superintendente de futebol santista, Paulo Autuori, ao comentar a ausência do meia em treino na semana retrasada.
Os opositores que pregam punição a Peres, além do afastamento de outros membros do Comitê de Gestão que tenham concordado com a contratação de Cueva, usam artigo do estatuto santista que cita gerar risco excessivo e irresponsável para o patrimônio do clube como atos de gestão temerária. O documento classifica como um dos motivos para pedir a saída do presidente acarretar "prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Santos." Também existe a ideia de uma ação para que a agremiação receba dos cartolas envolvidos o valor que terá que desembolsar pelo peruano.
Uma das estratégias estudadas é pedir a expulsão dos envolvidos do quadro associativo alegando dano ao patrimônio. Ao contrário do que acontece no pedido de impeachment, a decisão seria exclusiva do Conselho Deliberativo, sem ter que passar pelos associados. Os opositores entendem que assim as chances de sucesso seriam maiores.
Para o processo ser iniciado é necessário requerimento assinado por pelo menos 20 conselheiros ou que o pedido seja feito por um dos poderes do clube. O blog enviou mensagem ao presidente do Santos sobre o tema, mas não obteve resposta até a publicação deste post.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.