Opinião: demissões derrubam discurso de que Galiotte resiste a pressões
As demissões de Alexandre Mattos e Mano Menezes derrubam a imagem que Maurício Galiotte tentava construir de dirigente que não cede a pressões. Esse era o discurso em seu entorno para justificar principalmente a manutenção do diretor executivo de futebol diante das cobranças de parte da diretoria e da torcida para afastar o funcionário palmeirense.
O clima que antecedeu as demissões era de pura pressão. Cadeira voando no gramado do Allianz Parque, placar mostrando 3 a 1 para o Flamengo, torcedores protestando diante do camarote da direção do Palmeiras e o temor de novos protestos da Mancha Alviverde.
Antes mesmo do final da partida contra os rubro-negros, a conversa entre cartolas no estádio palmeirense era de que o resultado deveria provocar protestos mais pesados da principal organizada do clube tendo como alvos principais endereços ligados a Galiotte e Mattos. Na semana passada, torcedores deixaram bananas na empresa do presidente. O ex-diretor executivo de futebol já tinha enfrentado manifestações em frente ao condomínio em que mora.
O anúncio das demissões soterrou a conversa propagada pela tropa de choque do presidente de que suas decisões são puramente técnicas e que ele faria uma avaliação do desempenho dos profissionais do departamento de futebol depois do final do Brasileirão. Acuado, o cartola adotou as medidas radicais faltando apenas duas rodadas para o término do campeonato nacional.
Na opinião deste blogueiro, nada justifica a decisão de não esperar o fim da temporada, tão próximo, para refazer o planejamento a não ser as pressões interna e externa. Ficou no ar o cheiro de que Galiotte temia o que poderia acontecer nas horas seguintes à derrota para o Flamengo se não entregasse as cabeças de Mattos e Mano.
A entrevista dada pelo cartola com uma postura firme e cobranças ao elenco é uma demonstração de mudança de atitude no auge do cerco ao dirigente. Ele sofre críticas internas de integrantes da diretoria por não ter dado uma entrevista coletiva enérgica após a confirmação da perda do título brasileiro e por ter deixado a missão para Mattos. Cobriu a lacuna agora.
Alguns dos dirigentes mais descontentes com Galiotte se animaram com a reação do presidente ao fracasso em casa diante do atual campeão brasileiro. Ouviram o que queriam. Porém, o dirigente terá que manter a nova postura na próxima temporada para evitar a retomada do fogo amigo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.