Opinião: se saída de Urso é boa agora, sua contratação não foi bom negócio
A iminente venda de Júnior Urso para o Orlando City é comemorada pela direção de Corinthians como bom negócio para o clube. O entusiasmo dos cartolas chama atenção por conta do valor da operação: pouco menos de US$ 1 milhão (cerca de R$ 4 milhões). O montante pode ser considerado baixo para os padrões dos grandes clubes brasileiros.
Para se ter uma ideia disso, o alvinegro ofereceu aproximadamente R$ 6 milhões por Víctor Cantillo. Ele é o preferido para a vaga de Urso. Mas, o Junior Barranquilla pediu R$ 16 milhões, o que dificultou o negócio.
A direção corintiana alega que como Urso estava livre no mercado e não precisou pagar por seus direitos econòmicos investiu bem em salários e luvas para espantar os concorrentes.
Se vender o volante agora por menos de cerca de R$ 4 milhões e gastar por volta de R$ 6 milhões na aquisição de um substituto (mais salários e luvas) seria bom para o clube, o Corinthians não topou pagar alto demais para Urso quando o trouxe?
Não consigo fugir da tese de que, se a venda de Urso como foi desenhada será boa para o alvinegro, sua aquisição não foi um bom negócio. O fato de Corinthians não recusar a venda por preço de "black friday" reforça essa teoria.
Mas "ninguém segura jogador que não quer ficar", costuma dizerAndrés Sanchez. Porém, sua máxima parece valer só para os atletas corintianos. Basta lembrarmos que Luan implorou ao Grêmio para ser vendido ao Corinthians, mas a negociação foi dura. O atacante só foi vendido depois de o clube paulista se comprometer a pagar cerca de R$ 22,69 milhões à vista.
Ou seja, o alvinegro continua seguindo duas lógicas. Para seus jogadores vale o princípio de que é preciso facilitar a saída de quem não quer ficar. Já em relação aos atletas de outros times ou até mesmo sem vínculo vale o alvinegro fazer um sacrifício. Nos dois casos o esforço deve ser corintiano. Tal modo de pensar ajuda a entender porque o clube projeta déficit de cerca de R$ 144,8 milhões ao fim de 2019.
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