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Por que Red Bull não aumentou oferta por Walce?

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08/01/2020 09h47

Segue travada a tentativa do Red Bull Bragantino de contratar o zagueiro Walce, do São Paulo. O clube do Morumbi recusou a oferta de 6 milhões de euros (cerca de R$ 27,2 milhões), mais 20% do valor de uma futura revenda. Abaixo, veja os argumentos da equipe de Bragança para não ter subido a proposta.

Comparação com Morato

O Red Bull considera que sua proposta já é uma das mais altas feitas no mercado interno brasileiro em todos os tempos.

Além disso, lembra que o clube do Morumbi vendeu o zagueiro Morato para o Benfica por cerca de 6 milhões de euros, sem contar eventuais, bônus, e 15% do valor referente a uma possível revenda.

Para o Red Bull, Walce e Morato estão em níveis semelhantes na carreira. Raciocina que, então, sua oferta é justa.

Opções

O Cruzeiro encaminhou a venda do zagueiro Fabrício Bruno para o Red Bull. A equipe de Bragança tem ainda na mira o beque Ibañez, do Atalanta. Essas opções permitem que o RB Bragantino seja mais firme na negociação com o São Paulo.

Necessidade de venda

Não é segredo para o Red Bull que o São Paulo precisa vender jogadores para minimizar suas dificuldades financeiras.

O clube do Morumbi precisava fazer uma boa venda até o fim de 2019 para evitar déficit de R$ 180 milhões. A operação não foi feita e a alternativa é compensar negociando jogadores em 2020. A situação é favorável ao Bragantino nas tratativas.

Janela fraca

A avaliação no Red Bull é de que o São Paulo tenta conseguir uma oferta melhor por Walce no mercado europeu.

Como a janela europeia de transferências no começo do ano é tradicionalmente mais fraca, a equipe de Bragança crê que o São Paulo não conseguirá algo melhor.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.