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R10 e irmão oferecem R$ 8 milhões e trocarão prisão por hotel no Paraguai

UOL Esporte

07/04/2020 17h30

Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, podem finalmente deixar a prisão no Paraguai nesta terça-feira (7). Mas isso não significará liberdade para a dupla. Acusados de entrarem no país com documentos paraguaios de conteúdo falso, eles aguardam trâmites burocráticos para oficializar a troca da prisão preventiva pela domiciliar. A mudança foi solicitada nesta terça-feira (7) pelos advogados dos irmãos e aceita por Ministério Público e Justiça local.

A proposta apresentada pela defesa dos gaúchos ao Ministério Público do Paraguai envolve o pagamento de um milhão e seiscentos mil dólares (R$ 8,3 milhões) como fiança, além das garantias de custódia permanente apresentadas pelo hotel. O dinheiro está depositado no Banco Nacional de Fomento do Paraguai e será devolvido aos irmãos no final do processo, se eles não fugirem.

No hotel, eles serão vigiados por guardas, além de não poderem deixar o país enquanto durar o processo.
A defesa espera que eles deixem a prisão ainda nesta terça. Outros dois pedidos de prisão domiciliar tinham sido negados.

"Aceitamos o pedido da defesa, por um lado, por causa do avanço investigativo. Por outro lado, por que os processados ofereceram uma quantia que entendemos garantir que eles se submeterão à prisão domiciliar", afirmou Osmar Legal, um dos promotores responsáveis pelo caso.

O MP encerrou a análise da perícia nos celulares dos brasileiros e concluiu não existirem dados que liguem ambos comprometedoramente à empresária paraguaia e Dalia López, considerada foragida pela Justiça do país.

Ronaldinho participaria de um evento promovido pela ONG dela. López pediu a intermediários que cuidassem da elaboração dos documentos. Seus advogados afirmam que ela solicitou documentação verdadeira.

Confira a nota divulgada pelo MP do Paraguai:

"A defesa ofereceu 800 mil dólares por cada um, 1,6 milhão no total, já depositados no Banco Nacional de Desenvolvimento. Bem como outra documentação. Eles ofereceram um hotel como domicílio, com o aval dos gerentes e a custódia permanente. O Ministério Público também solicitou outras fianças como custódia permanente da polícia e foi absolvido. Portanto, o juiz concede prisão domiciliar no referido local, o vínculo é aceito, eles terão custódia permanente e proibições de deixar o país. Falta uma etapa anterior, que é a aceitação formal das pessoas afetadas, a aceitação das referidas condições ou não. Mesmo que seus advogados estejam presentes na audiência, as medidas devem ser aceitas pelos próprios réus."

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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