Corinthians parcela pagamento de salários de abril de funcionários
Com Diego Salgado, do UOL em São Paulo
Enfraquecido por conta da queda de receitas provocadas pela pandemia de Covid-19, o Corinthians ainda não conseguiu pagar integralmente os salários de seus funcionários referentes a abril. O pagamento foi fracionado. A primeira parcela foi paga no último dia 8. Nesta sexta (15), foi paga a segunda parte e avisado aos colaboradores que ainda faltam 15%, incluindo quantia referente às férias coletivas dadas no mês passado.
A partir do próximo pagamento, a maioria dos funcionários alvinegros sofrerá um corte de 70% em seus vencimentos, forma que a direção diz ter encontrado para evitar demissões. Mas, pelo menos parte dos empregados, está irritada porque a redução foi superior à aplicada aos jogadores. O desconto para os atletas será de 25%. O argumento dos descontentes é de que a maioria dos jogadores ganha bem e que quem recebe menos, como esses funcionários, deveria ter sido mais protegido pela direção. Procurado, o departamento de comunicação do Corinthians afirmou que o clube não vai comentar o assunto.
O blog teve acesso à mensagem recebida por funcionários nesta sexta informando que 85% do pagamento referente a abril foi feito. "Prezados gestores, boa tarde! Mais uma vez contamos com o apoio de vocês para transmitir a informação aos seus liderados de que hoje foi realizado o pagamento de mais uma fração do pagamento mensal e das férias, no percentual de 40% dos respectivos líquidos, atingindo assim, 85%, dessa forma fica pendente para pagamento 15% do valor líquido a receber. Como mencionado acima pelo Gavioli, infelizmente, está difícil nosso fluxo de caixa, mas em breve superaremos. Informaremos aqui quando pagaremos a última parcela", diz o aviso. O recado menciona Roberto Gavioli, gerente financeiro do clube.
Dois funcionários do alvinegro disseram ao blog que a diretoria não abriu negociação com eles sobre o tamanho do corte nos salários e que já apresentou pronta a decisão de efetuar o desconto seria de 70%. Há entre os empregados do Corinthians quem reclame de falta de respeito por conta dessa atitude.
A medida provisória 936, que regula a diminuição da jornada de trabalho e a consequente redução salarial de até 70%, diz que as diminuições devem ser definidas em acordos individuais por escrito com os funcionários. Os afetados pelo corte têm direito ao "Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda" a ser pago pelo governo federal com valor atrelado ao seguro-desemprego.
Parte dos colaboradores da agremiação reclama que, depois das férias, têm trabalhado em período integral de casa. Ou seja, sem diminuição da jornada de trabalho para justificar a redução salarial.
Internamente, cartolas não tratam o problema no pagamento de abril como atraso. Falam em "distribuição do fluxo" de pagamento por conta da diminuição de receitas durante a pandemia. O discurso é de que o clube está se esforçando para manter o emprego dos funcionários e que esse esforço deve ser valorizado. A expectativa é de que os 15% restantes referentes aos pagamentos de abril sejam depositados na próxima quarta.
Em relação aos acordos para os cortes, intramuros, a direção sustenta que todos os gestores foram orientados a comunicar seus subordinados sobre a decisão de redução de 70% com antecedência, mas que é impossível saber quando isso foi feito por cada um. E que a orientação foi para que todos os funcionários que concordassem dessem o aceite por e-mail.
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