Grupo de oposição pede na Justiça afastamento de Andrés da presidência
O grupo oposicionista Frente Liberdade Corinthiana entrou com ação no Fórum Regional do Tatuapé com pedido de liminar para afastar imediatamente Andrés Sanchez da presidência do Corinthians. O advogado da ala formada por sócios, conselheiros e torcedores, Cristiano Medina, alega que o presidente alvinegro desrespeitou o estatuto em diversas oportunidades, por isso pede para que ele seja afastado. Normalmente, os pedidos de impeachment são feitos no Conselho Deliberativo, porém, o grupo escolheu o caminho judiciário. Andrés não fala com o blog, por isso não pôde ser ouvido.
"Optamos pelo ajuizamento da ação por conta das evidentes violações aos mandamentos legais, estatutários, e pelo fato de o STJ já ter se manifestado em outras oportunidades sobre a competência do poder judiciário para enfrentar questões como essa. Em tempos passados, o Conselho Deliberativo foi instado a se manifestar no caso do (então presidente) Roberto de Andrade e acabou não acolhendo o pleito dos conselheiros. Então, optamos pelo poder judiciário", disse Medina ao blog.
Entre as normas estatutárias que teriam sido desrespeitadas, segundo o grupo, estão a realização de empréstimos sem a autorização prévia do Cori (Conselho de Orientação). Indagado sobre o tema em outras oportunidades, o departamento financeiro alvinegro afirmou ter seguido todas as normas previstas pelo estatuto durante sua gestão.
A Frente Liberdade Corinthiana acusa Sanchez de gestão temerária. Entre outros exemplos, é usado o fato de a previsão orçamentária para 2019 ter sido de superávit de R$ 650 mil. O ano terminou com déficit de R$ 177 milhões. O grupo também alega que Andrés não responde aos pedidos de esclarecimentos feitos sobre atos de sua administração.
Após a publicação da primeira versão deste post, o Corinthians publicou em seu site nota na qual a diretoria se posiciona sobre a ação. Leia abaixo o comunicado oficial na íntegra.
"A administração do Sport Club Corinthians Paulista recebe com tranquilidade o evidente atropelo do Estatuto e o oportunismo eleitoral, que movem um grupo político rumo a um pedido judicial de natureza estranha e apressada.
Estranha porque o clube tem órgãos independentes aos quais cabe requisitar os devidos esclarecimentos à gestão executiva, notadamente o CORI (Conselho de Orientação) e o Conselho Deliberativo. Apressada porque, em meio a uma paralisação sem precedentes no futebol, provoca tribunais de forma marqueteira, sem qualquer zelo pela imagem do clube, com o único intuito de antecipar —em um semestre— o processo eleitoral interno".
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