Para cartolas, MP fortalece clubes para fazerem TV respeitar naming rights
Há entre ao menos parte dos dirigentes de clubes brasileiros a avaliação de que a MP 984 fortalece agremiações para forçar a Globo e outras emissoras a, contratualmente, respeitarem naming rights de arenas.
Historicamente, a Globo evita falar o nome de patrocinadores de estádios e de equipes.
A análise é de que, ao dar o direito de o clube mandante negociar sozinho os direitos de transmissão da partida, a MP aumenta a concorrência entre as emissoras. Isso porque não é mais preciso que os dois times tenham contrato com a mesma rede de TV. A comercialização passa a ficar menos burocrática. É viável, por exemplo, que um time resolva vender seus jogos de maneira avulsa, sem fechar um pacote.
O raciocínio é de que num cenário de mais concorrência e agilidade nas operações seja mais fácil os clubes pressionarem a Globo, por exemplo, a respeitar os naming rights. Isso usando esse simples argumento: "se você não aceitar falar o nome do patrocinador, arrumo quem fale".
Antes, isso era mais difícil porque encontrar alguém com o mesmo potencial financeiro da Globo para fechar um pacote de transmissão de um campeonato inteiro com valores semelhantes aos que a Globo se acostumou a pagar era algo raro. Teoricamente, é menos complicado encontrar uma emissora com verba para fechar com um só clube ou para jogos pontuais.
Diversas vezes, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, culpou o fato de a Globo e outros veículos de comunicação não respeitarem naming rights por seu clube ainda não ter negociado o nome da arena em Itaquera. Seus opositores, no entanto, contestam o argumento. Dizem que o problema é que o grupo político de Andrés não soube negocoar a propriedade comercial.
O Allianz Parque, do Palmeiras, também sofre em termos de divulgação por não ter seu nome respeitado.
Vale lembrar que a Medida Provisória precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, apesar de estar em vigor até lá. A Globo, porém, entende que a MP não anula contratos em vigor. Esse posicionamento gerou o imbróglio que fez a emissora considerar seu contrato para transmitir o Estadual do Rio rescindido.
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