Topo

Perrone

R10 tem audiência hoje e pode voltar ao Brasil: o que se sabe sobre o caso

Perrone

24/08/2020 04h00

Nesta segunda (24), a Justiça paraguaia realiza audiência que pode determinar a volta de Ronaldinho e seu irmão, Assis, ao Brasil.

Na sessão, com a participação dos ex-jogadores, o juiz do caso decidirá se homologa o pedido do Ministério Público para que seja concedida liberdade condicional aos irmãos. Se isso acontecer, a expectativa da defesa é de que na terça eles já retornem ao Brasil.

Como os advogados dos brasileiros não se opuseram à indicação do MP, a tendência é de que a liberdade condicional seja concedida.

Caso ocorra a homologação, o processo por porte e uso de documentos paraguaios com conteúdo falso contra Ronaldinho ficará suspenso por um ano mediante pagamento de multa por dano social no valor de US$ 90 mil.

No caso de Assis, a suspensão seria por dois anos e a multa estipulada em US$ 110 mil. O MP pede também para que ambos se apresentem trimestralmente à Justiça brasileira.

Se ambos cumprirem todas as exigências, ficarão livres dos processos ao final das suspensões.

A defesa acredita num trâmite rápido para a liberação do retorno dos dois ao Brasil em caso de homologação do pedido do Ministério Público.

Um dos facilitadores é o fato de já haver um depósito judicial como fiança no valor de US$ 1,6 milhão. Assim, não será preciso que a dupla providencie nova transferência de dinheiro para o Paraguai a fim de pagar as multas. A quantia será descontada do montante referente à fiança, que será devolvido aos dois.

Os termos para a suspensão do processos de Ronaldinho são mais brandos porque o MP acredita não haver provas de que ele se envolveu na confecção dos passaportes e cédulas de identidade com conteúdo falsificado.

Porém, a promotoria entende que a perícia no celular de Assis mostra que ele sabia das falsificações antes de chegar ao Paraguai. Sua defesa, no entanto, diz que ele acreditava que a papelada era oficial.

Os irmãos foram presos em março depois de entrarem no país com a documentação falsa. Primeiro, ficaram 32 dias presos num quartel adaptado para funcionar também como prisão.

Em abril, eles foram autorizados a ficar em prisão domiciliar num hotel de luxo em Assunção, no qual aguardam o momento da audiência.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.