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Corinthians deseja emplacar Coelho como técnico. Conheça os motivos

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12/09/2020 04h00

De acordo com dois dirigentes do Corinthians ouvidos pelo blog, logo após a demissão de Tiago Nunes ficou acertado entre os cartolas que nenhuma negociação seria tocada com outro treinador antes da partida deste domingo (13) contra o Fluminense, no Maracanã.

A expectativa da direção é de que o interino Dyego Coelho faça o time começar a evoluir. Isso reforçaria o desejo de dar tempo para ele tentar se firmar no cargo.

Um dos motivos para essa aposta no ex-lateral é a eleição no clube, marcada para novembro. Se Coelho segurar a onda, a atual diretoria se livra da dificuldade de contratar um treinador em período eleitoral.

Encontrar alguém que tope um acordo só até a votação é considerada uma missão praticamente impossível. E fazer um contrato longo sem saber quem será o próximo presidente geraria protestos no clube, além do risco de o sucessor de Andrés Sanchez não aceitar a escolha.

Coelho é bem visto também porque seu trabalho como interino no ano passado agradou aos dirigentes. Porém, Nunes estava contratado, o que não lhe deu chance de efetivação. Hoje não existe esse obstáculo.

Os cartolas enxergam uma série de qualidades no interino. Entre elas estão conhecimento tático, afinidade com o clube no qual foi revelado como jogador e domínio da "linguagem boleira". O discurso é de que o comandante do time sub-20 alvinegro tem potencial para brilhar na carreira.

Mas, toda essa boa vontade com Coelho vai depender de uma rápida evolução da equipe. A pressão de conselheiros e da torcida, principalmente das organizadas, pela volta dos bons resultados é enorme. Além disso, há o receio da direção de o time demorar para se afastar das últimas posições do Brasileirão.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.